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    TANUSSI CARDOSO (1946- - Página 5 Empty Re: TANUSSI CARDOSO (1946-

    Mensaje por Maria Lua 16.09.23 19:02

    O POEMA DENTRO DE TI




    “De modo geral,

    acho que devemos ler apenas

    os livros que nos cortam e nos ferroam.”

    (Kafka)


    O poema só serve para acender o fogo intenso do frio que te habita.

    Para te golpear como a dor do fim do amor que amas,

    ou como o raio a quebrar o lago que te espelha a face.

    O poema só serve para deixares de bordar estrelas

    e cumprires teu destino humano,

    pois cabe somente a ti o teu enredo.

    O poema não está nem aí para tua felicidade ou suicídio.

    O poema só serve para que saias de ti, te leias e te encontres.



    O TÊNUE FIO DO TEMPO

    o menino, o pai e o violino

    unidos, únicos, sozinhos



    árvores num jardim de delícias

    dedos de brinquedos do destino



    delicados, os gestos do pai

    ensinam ao menino o violino



    cordas num mesmo abraço

    sons de um mesmo sino



    (só a vida determina

    a equação dos caminhos)



    não se sabe onde doeu o grito

    quando o elo foi perdido



    o menino cresceu do pai

    entre solidões e atritos



    e nunca mais se tocaram

    como se toca um violino



    (de Exercício do olhar, Fivestar, 2006)



    _________________



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    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





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    Mensaje por Maria Lua 16.09.23 19:03

    ÓVULOS

    1



    meu poema

    larva:

    que bicho se abrirá em

    palavra?



    2



    das sombras

    nasce o poema

    luz e nudez

    :absurdo caracol.



    3



    o que se vê no escuro

    o que se ouve no silêncio

    : eis da poesia, a matéria.



    4



    a cada poema

    que se faz

    adia-se a morte

    até a manhã

    de um novo

    poema.


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    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
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    Mensaje por Maria Lua 01.10.23 21:40


    Todo amor, en el fondo
    es un adiós
    un no más
    un cadáver
    de la sangre
    el cuerpo transformado
    en alas

    (más nada)


    _________________



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    o un ciego soñando
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    Mensaje por Maria Lua 01.10.23 21:41

    Visões

    Quando criança,
    o Sol queimava feito uma bola amarela
    e as nuvens choravam água dentro delas.
    Tudo era imensamente grande,
    assim como o amor
    fosse somente um rinoceronte
    lambendo as lágrimas dos inocentes.
    Quando criança,
    o mundo era só um risco na paisagem.
    A vida ainda não era dançar
    diante do abismo da viagem
    e a poesia não era o que nascia do espanto,
    mas o encanto dos olhos do que o menino via.
    Quando criança,
    a rua era um país a explorar meus desejos
    e o sexo, só uma diversão de dedos.
    Eu era eterno — eu era para sempre —
    tudo era para sempre.
    Meus mortos eram para sempre.
    Hoje, tudo é real e rói.
    Só a criança teima em existir,
    mas ela dói.


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    Mensaje por Maria Lua 01.10.23 21:42

    O amor é rosto que olha o lago sem se ver.
    Fantasma de si mesmo — vulto.
    É o que se dá sem se ter.
    Faca a cortar em sua inutilidade de aço.
    Parto que não nasce; exílio do outro e de si.
    O amor, moça, é a eterna construção da pedra em flor.
    É a invenção colorida do nada.
    É feito cinema, moça, ilude e acalma.
    Depois, é só a vida com suas águas rasas.


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    TANUSSI CARDOSO (1946- - Página 5 Empty Re: TANUSSI CARDOSO (1946-

    Mensaje por Maria Lua 01.10.23 21:42

    O poema dentro de ti

    De modo geral,
    acho que devemos ler apenas
    os livros que nos cortam e nos ferroam.
    Kafka

    O poema só serve para acender o fogo intenso do frio que te habita.
    Para te golpear como a dor do fim do amor que amas,
    ou como raio a quebrar o lago que te espelha a face.
    O poema só serve para deixares de bordar estrelas
    e cumprires teu destino humano,
    pois cabe somente a ti o teu enredo.
    O poema não está nem aí para tua felicidade ou suicídio.
    O poema só serve para que saias de ti, te leias e te encontres.


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    Mensaje por Maria Lua 01.10.23 21:43

    Natureza-morta com maçãs e laranjas
    (Cézanne)

    : eis a paisagem
    das frutas

    : eis o gosto absurdo
    do mel na retina

    : eis o silêncio
    pendurado na parede

    : eis a vida
    suspensa por um fio


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    Mensaje por Maria Lua 01.10.23 21:44

    É no silêncio

    É no silêncio que melhor te amo
    Os pássaros quedam suas asas nos ninhos
    a música dorme seus acordes
    o monstro marinho esconde a sua face
    Te amo no silêncio de tudo
    Quando na noite livros se escondem das poeiras
    sinos cortam seus tendões
    corpos nus retesam dedos músculos diafragmas
    e telefones se calam como um beijo cala a língua
    É no silêncio
    Quando as pedras descansam das dores dos pés
    e os mares sabem da calmaria dos peixes
    É no silêncio sem culpa dos torturadores
    no silêncio de santos em pecado
    no silêncio paciente do voyeur
    que te amo melhor
    Ouvindo tua chegada
    lambendo tuas pegadas
    cozinhando teus ossos e teus dentes
    É no silêncio tão mais e mais e mais
    No silêncio dos ventres e dos umbigos
    que te compreendo melhor
    e à vida melhor
    e aos homens melhor
    Que te ouço delicado como um soco no vento
    E durmo feliz mastigando teus gemidos


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    Mensaje por Maria Lua 17.10.23 19:31


    el tiempo
    nace de la escritura de los pájaros
    o de su canto
    o de la risa del primer gallo en la primera mañana
    o antes
    cuando la idea de un Dios quemaba los ojos
    y los niños jugaban
    en el soplo de la espuma del verso de los poetas

    viene de la seda de las abejas
    de la piel de las tortugas
    del encuentro de la araña y su red
    del ínfimo grano de arena de los desiertos



    (fragmento)


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    Mensaje por Maria Lua 27.10.23 18:56

    A FACE DO DIA

    Abro a janela da manhã.

    O Sol observa lá fora.

    Tudo está como exatamente ontem.

    Eu e minha cama no mesmo lugar do tiro.

    As palavras ruminam os silêncios a iludir.

    A vida se equilibra entre catacumbas

    e o resplendor de tudo.

    Enquanto o Dia, vivo,

    abre sua imensa mandíbula

    para engolir o mundo.



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    Mensaje por Maria Lua 27.10.23 18:57

    DO RELATÓRIO DO AMOR

    O amor é farol sem luz nas estradas;

    voz enrugada dos fantasmas;

    som de canções fatigadas;

    jogo de palavras surradas.



    É nadar em mar aberto;

    a saudade do eterno;

    refúgio de flor no deserto;

    o inverno.



    O amor é o tempo corroído pelo vento;

    o sorriso de quem doma leões;

    bússola de desalento;

    sombra soturna dos porões.



    É testamento:

    escreve a vida para perpetuar o fim.

    É tatuagem (ou sangramento)

    a riscar no corpo o efêmero do sim.



    O amor é a beleza da vida e da morte

    feito a pérola dentro da ostra.

    É a urgência da cura e do corte

    feito ferida grudada na crosta.



    O amor é a doce violência da sorte

    do mel afogando a mosca.


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    Mensaje por Maria Lua 27.10.23 18:57

    NÓS

    para o diretor Antunes Filho



    no olho

    do outro

    me vejo



    minha casa

    no corpo

    do outro



    minha água

    na sede

    do outro



    no outro

    me brilho

    e me amo



    no outro

    espelho



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    Mensaje por Maria Lua 27.10.23 18:58

    O POEMA DENTRO DE TI

    “De modo geral,

    acho que devemos ler apenas

    os livros que nos cortam e nos ferroam.”

    (Kafka)



    O poema só serve para acender o fogo intenso do frio que te habita.

    Para te golpear como a dor do fim do amor que amas,

    ou como o raio a quebrar o lago que te espelha a face.

    O poema só serve para deixares de bordar estrelas

    e cumprires teu destino humano,

    pois cabe somente a ti o teu enredo.

    O poema não está nem aí para tua felicidade ou suicídio.

    O poema só serve para que saias de ti, te leias e te encontres.



    O TÊNUE FIO DO TEMPO

    o menino, o pai e o violino

    unidos, únicos, sozinhos



    árvores num jardim de delícias

    dedos de brinquedos do destino



    delicados, os gestos do pai

    ensinam ao menino o violino



    cordas num mesmo abraço

    sons de um mesmo sino



    (só a vida determina

    a equação dos caminhos)



    não se sabe onde doeu o grito

    quando o elo foi perdido



    o menino cresceu do pai

    entre solidões e atritos



    e nunca mais se tocaram

    como se toca um violino



    (de Exercício do olhar, Fivestar, 2006)


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    Mensaje por Maria Lua 12.11.23 12:58

    Tanussi Cardoso

    *Presentación en el Palacio de Bellas Artes de ciudad de México del libro Del aprendizaje del aire, antología bilingüe del autor brasileño Tanussi Cardoso, con traducciones del poeta chileno Leo Lobos y la poeta mexicana Angélica Santa Olaya el año 2009.

    Del aprendizaje del aire es una gran reflexión en torno a la poesía como acto creativo, afirmó el poeta uruguayo Saúl Ibargoyen, quien al comentar esta antología bilingüe, calificó a su autor, el brasileño Tanussi Cardoso, como “un buscador de abismos; un poeta cósmico consciente de su creatividad, pero que al mismo tiempo la cuestiona”.
    El volumen publicado por editorial Fivestar en versión portugués-español, fue presentado con el apoyo de Conaculta y el Instituto Nacional de Bellas Artes (INBA), en la Sala Adamo Boari del Palacio de Bellas Artes, con la participación de Carlos Véjar Pérez-Rubio, director de Archipiélago Revista Cultural de Nuestra América; Angélica Santa Olaya -quien junto con el chileno Leo Lobos se hizo cargo del traducción de los textos-; el propio Ibargoyen y el autor.
    Al referirse a esta publicación que reúne un total de 42 poemas de los libros Viagem en torno de, A medidas do deserto e outros pomeas revisitados y Excercicio de Olhar, Ibargoyen señaló que en ellos figuran los temas preferidos de Cardoso: la muerte, la infancia, el amor, Dios, la memoria, el quehacer poético y el tiempo, entre otros.
    Destacó el caso de Fiat Lux, al que definió como un poema de la creación, luminoso, que no solamente es una alabanza cósmica sino una especie de voz poética que permite tener conciencia de esa luminosidad.
    Añadió que también está presente la poética del cuerpo, la carne que se confunde con la escritura y la escritura que se confunde con la carne, con un sentido metafórico y una estructura de poema que sin ser fija, nos lleva a un inicio, un desarrollo y un final; y a veces, ese final puede ser un nuevo comienzo, de una manera dialéctica.
    “Esa variedad de extensiones tiene que ver tanto con lo temático como con lo meramente formal, pero yo pienso que Tanussi es un buscador de abismos, lo digo como trascendencia, porque además el poeta desde su maravillosa claridad y la sintaxis personal, a veces muy explícita y en otras muy tramposa en el sentido de que esconde sustancias oscuras para que tropecemos con ellas, nos da un anuncio de trascendencia, acerca de que algo puede ser como está planteado, pero también de otra manera”, puntualizó Ibargoyen.
    Resaltó que entre las muchas cosas que Cardoso nombra en sus poemas, figuran animales y una gran cantidad de objetos, en una especie de fiebre por nombrar. “El autor quiere nombrar todo, es un poeta cósmico y consciente de lo que hace, de su propia creatividad, aunque a la vez la cuestiona; es una creatividad cuestionada por sí mismo”.
    Por último, Saúl Ibargoyen manifestó que en muchos de los versos de Cardoso aparece de manera más o menos explícita, la conciencia de un autor que trabaja con los materiales primordiales, con las sustancias primarias del lenguaje. Y así, construye una propuesta que va de lo originario a lo originario, sin plantearse ningún sentido de las cosas, porque si bien busca estructurar una representación personal y cósmica, en el fondo sabe que eso no tiene sentido y por eso lo hace.
    Por su parte, Carlos Véjar Pérez-Rubio, arquitecto, escritor y director de Archipiélago Revista Cultural de Nuestra América, habló del origen de Del aprendizaje del aire e hizo saber que Leo Lobos tenía ya una selección de poemas de Tanussi y le propuso publicar la traducción; luego, casualmente Angélica Santa Olaya hizo lo propio, de tal suerte que se juntaron ambas iniciativas que dieron como resultado un libro con dos traductores que, dado que es imposible traducir la poesía, dan sus versiones al español del sentimiento poético del brasileño.
    “Creo que cuando un poeta logra plasmar sus sentimientos, a todos nos transmite la belleza, el arte bello que es la poesía; no es el arte nada más, es el arte bello que es finalmente la poesía, que provoca nuestros sentimientos más allá de los conceptos y de lo que tratan de decir las palabras”, apuntó.
    En su oportunidad, el poeta, periodista y crítico literario brasileño Tanussi Cardoso, afirmó que el trabajo de traducción de Leo Lobos y Angélica Santa Olaya es impecable en soluciones verbales y gramaticales, entendiendo lo esencial, modificando el texto cuando fue necesario sin afectar el ritmo, la intención o la armonía de los versos y palabra. En síntesis, en ningún momento mudan el sentido ni se desestructura la semántica ni la sintaxis del poema.
    Más adelante, resaltó que los mexicanos tenemos muchos puntos en común con el pueblo brasileño, como el orgullo por la tierra y su historia; el placer por la música, la danza, la buena comida, el amor y la amistad; el respeto por sus niños, sus viejos y sus mujeres; pero hay mucho más, pues ambos tenemos la poesía en la sangre.
    “Por eso, me siento entre ustedes como si estuviera en mi país, en mi casa y con mi familia. Acostumbro decir que la poesía es un puente de unión entre los corazones de los pueblos, por eso la conjunción de estas traducciones sirven a este ideal de unir lenguas y lenguajes”, concluyó Cardoso.
    México / Distrito Federal


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    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





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    TANUSSI CARDOSO (1946- - Página 5 Empty Re: TANUSSI CARDOSO (1946-

    Mensaje por Maria Lua 12.11.23 13:00

    Tanussi Cardoso
    Poemas


    Traducción y notas por Leo Lobos


    DO APRENDIZADO DO AR

    imaginemos o ar solto na atmosfera
    o ar inexistente à luz dos olhos
    imaginemos o ar sem senti-lo
    sem o sufocante cheiro de abelhas e zinabre
    o ar sem cortes e fronteiras
    o ar sem o céu
    o ar de esquecimentos
    imaginemos fotografá-lo
    fantasma sem textura
    moldura inerte
    quadro de sugestões e aparências
    imaginemos o ar
    paisagem branca sem o poema
    vácuo impregnado de Deus
    o ar que só os cegos vêem
    o ar silêncio de Bach

    imaginemos o amor
    assim como o ar


    **************





    Del aprendizaje del aire

    Imaginemos el aire suelto en la atmósfera
    el aire inexistente a la luz de los ojos
    imaginemos el aire sin sentirlo
    sin el sofocante olor de las abejas
    el aire sin cortes sin fronteras
    el aire sin el cielo
    el aire del olvido
    imaginémoslo fotografiado
    fantasma sin textura
    moldura inerte
    cuadro de sugestiones y apariencias
    imaginemos el aire
    paisaje blanco sin el poema
    vacuo impregnado de Dios
    el aire que sólo los ciegos ven
    el aire el silencio de Bach

    Imaginemos el amor
    así






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    Mensaje por Maria Lua 20.11.23 16:51

    Momento

    no espaço silencioso
    do ar
    o pássaro me acolhe

    em seu voo
    simétrico
    olha em meu olhar

    e me devolve
    a manhã renovada



    ***************


    Momento

    en el espacio silencioso
    del aire
    el pájaro me acoje

    en su vuelo
    simétrico
    Mírame a los ojos

    y devuélveme
    la mañana renovada


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    y en ese vuelo y en ese sueño
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    siendo guardián en tu cielo
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    Mensaje por Maria Lua 03.12.23 8:08

    POEMA PARA QUALQUER ANO-NOVO



    Acolher pássaros.
    Suas sombras de liberdade e beleza.
    Ouvir seus piares de dor, fome e prazer.
    Compreender a expressão das asas.
    Pousá-los nos ombros,
    deixar-se com eles,
    nessa viagem de busca e de calma.
    Ser pássaro na sabedoria
    de maravilhar-se com a vida
    – ínfima e pouca –
    em seus mínimos detalhes
    de mistério e poesia.
    Aprender a transformar migalhas
    em sementes de ninhos.
    E dividi-las.
    Entender a nervura das distâncias
    : os obstáculos.
    Quedar-se quieto à espera do canto.
    E do voo.


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    Mensaje por Maria Lua 06.12.23 17:32

    El nombre en el espejo
    ¿Qué nombre soy yo?
    ¿Qué rostro habito a diario?
    ¿A quién respondo cuando me pregunto?
    ¿Qué ojos me adentran?
    ¿Qué cuerpo es esta piel
    y qué huesos este árbol
    dulce y rabioso?
    ¿Quién me lee
    antes de mí?

    Cosa es cosa que no es -
    Eres mi nombre.

    Diluvio seco
    Un filtro
    Un fantasma abandonado al aire
    Susto
    Miedo

    ¿Qué nombre soy yo, sino fragmentos?


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    Mensaje por Maria Lua 16.12.23 7:01


    Toda palavra ornamenta uma lápide
    De mistérios e magias.
    Daí, a incompletude – sua infinita largueza.
    Daí, a poesia implícita em cada uma:
    Barro e cimento. Pedra-viva.

    Toda palavra diz-se cedo.
    O adeus, por exemplo. Ou como o morto se anuncia.


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    Mensaje por Maria Lua 20.12.23 8:28

    REGISTRO


    É no silêncio que melhor te amo
    Os pássaros quedam suas asas nos ninhos
    a música dorme seus acordes
    o monstro marinho esconde a sua face
    Te amo no silêncio de tudo
    Quando na noite livros se escondem das poeiras
    sinos cortam seus tendões
    corpos nus retesam dedos músculos diafragmas
    e telefones se calam como um beijo cala a língua
    É no silêncio
    Quando as pedras descansam das dores dos pés
    e os mares sabem da calmaria dos peixes
    É no silêncio sem culpa dos torturadores
    no silêncio de santos em pecado
    no silêncio paciente do voyeur
    que te amo melhor
    Ouvindo tua chegada
    lambendo tuas pegadas
    cozinhando teus ossos e teus dentes
    É no silêncio tão mais e mais e mais
    No silêncio dos ventres e dos umbigos
    que te compreendo melhor
    e à vida melhor
    e aos homens melhor
    Que te ouço delicado como um soco no vento
    E durmo feliz mastigando teus gemidos


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    Mensaje por Maria Lua 20.12.23 8:29

    Toda palavra é noite.
    Perpetua a angústia do não encontro.
    Há sempre perda no contato,
    Mesmo que se some à pele o espanto.

    Toda palavra é prisão e liberdade.
    Intervalo entre som e silêncio.
    Toda palavra é falta.
    Suspiro entre sopro e chama.


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    TANUSSI CARDOSO (1946- - Página 5 Empty Re: TANUSSI CARDOSO (1946-

    Mensaje por Maria Lua 20.12.23 8:29

    O que de mim se esvai
    é o que fica

    Sou a permanência
    dos dias em que morro

    Diariamente construo
    não a minha vida

    Mas o que dela existir
    enquanto morto


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    Mensaje por Maria Lua 20.12.23 8:30

    quando o primeiro amor morreu
    eu disse: morri

    quando meu pai se foi
    coração descontrolado
    eu disse: morri

    depois, a avó do Norte
    os amigos da sorte
    os primos perdidos
    o pequinês, o siamês
    morri, morri


    https://recantodopoeta.com/as-mortes/


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    Mensaje por Maria Lua 06.01.24 9:49

    Tanussi Cardoso es carioca nacido el año 1946. Formado en periodismo (PUC/RJ) y derecho (Bennet), licenciado en inglés (BBC). Poeta, cuentista, crítico literario y escribe letras de canciones. Además de ser activo colaborador de diversas publicaciones literarias en Brasil. Ha editado los libros Desintegración (1979); Boca maldita (1982), Viaje en torno de (2000); La medida del desierto y otro poemas (2003). Tiene poemas publicados en Argentina, Chile, Colombia, Estados Unidos, Italia, Portugal, y Uruguay, y ha sido traducido al francés, español e italiano. Es columnista del periódico carioca RIO LETRAS. Es miembro de la asociación de poetas del Estado de Río de Janeiro (APPERJ) y presidente del sindicato de los escritores del Estado de Río de Janeiro (SEERJ). El año 2006, representó a Brasil en el Segundo Festival Latino-Americano de Poesía “Ser al fin una palabra”, realizado en México, Distrito Federal, invitado por los poetas mexicanos Federico Corral Vallejo y Angélica García Santa Olaya entre otros. Sobre su poesía Gilberto Mendonça Teles ha dicho: “No tengo dudas en escribir que Tanussi Cardoso es el poeta que más admiro actualmente en Río de Janeiro. Poder demostrar los motivos de esta admiración que se extienden de los poemas al poeta -al hombre cordial, dócil, educado, talentoso y humilde, que sabe ser. Humildad orgullosa -digamos así- de quien conoce sus fuerzas y vive continuamente procurando superar sus limites”. El poeta Affonso Romano de Sant´Anna ha dicho de su trabajo: “Su poesía es de la mejor calidad: densa, creativa, funcionando oral o escrituralmente, reinventándose continuamente”. Carlos Nejar ha dicho:”Poemas fuertes, con tono personal -cosa que va escaseando en el mercado. Sabe del oro del silencio y de la plata de la revelación”.


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    Mensaje por Maria Lua 06.01.24 9:52

    SOBRE O OFÍCIO


    escrever



    deixar-se ir

    a um pântano que não

    se conhece

    o fundo nem o gosto




    di/lu/ir/se


    a pele secar ao sol
    unhas e dentes


    a/bis/mar/se


    espanto e
    perigo de queda


    entregar-se ao
    terremoto que vem
    do tremor de si mesmo


    de/sis/tir/se

    não resistir
    ao abandono
    dos cabelos

    dis/sol/VER-SE





    ********************



    SOBRE EL OFICIO


    escribir


    dejarse ir
    a un pantano que no
    se conoce
    fondo ni gusto


    di/lu/ir/se


    la piel secar al sol
    uñas y dientes


    a/bis/mar/se


    espanto y
    peligro de caída


    entregarse al
    terremoto que viene
    de sí mismo


    de/sis/tir/se


    no resistir
    el abandono
    de los cabellos


    di/sol/VER-SE


    Trad: Leo Lobos





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    Mensaje por Maria Lua 06.01.24 9:53

    Teias



    Alimentar aranhas,

    eis o meu ofício.

    Deixá-las criar tentáculos.

    Moscas mansas

    apaixonadamente sangrar.

    Cuidá-las para tecer

    os pequenos vícios

    do seu tear:

    venenos sutis

    tatos improváveis

    -vivê-las.

    Redescobrir as cores

    as sedes e as sedas.

    Entrelaçar as sendas

    do meu destino nelas:

    véus de astúcia

    morte e viuvez.

    Decifrar sua dança:

    rede de valsas

    fios de arame.

    Aprender com elas

    o ritmo do salto.


    *****************




    TELAS

    Alimentar arañas,
    es mi oficio.
    Dejarles crecer tentáculos.
    Cuidar
    los pequeños vicios
    de su telar:
    experimentar
    los tactos improbables
    (sutiles venenos).
    Redescubrir colores
    en la casa de las sedas.
    Tejer
    mi destino a ellas:
    velos de mortal astucia
    viudez.
    Descifrar su danza:
    valses tejidos
    con hilos de alambre.
    Aprender con ellas
    el ritmo del salto.


    Ver como las mansas moscas
    sangran apasionadamente.


    Trad: Angélica Santa Olaya




    https://circulodepoesia.com/2010/07/poemas-de-tanussi-cardoso/


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    Mensaje por Maria Lua 13.01.24 8:09

    POEMA PARA QUALQUER ANO-NOVO



    Acolher pássaros.
    Suas sombras de liberdade e beleza.
    Ouvir seus piares de dor, fome e prazer.
    Compreender a expressão das asas.
    Pousá-los nos ombros,
    deixar-se com eles,
    nessa viagem de busca e de calma.
    Ser pássaro na sabedoria
    de maravilhar-se com a vida
    – ínfima e pouca –
    em seus mínimos detalhes
    de mistério e poesia.
    Aprender a transformar migalhas
    em sementes de ninhos.
    E dividi-las.
    Entender a nervura das distâncias
    : os obstáculos.
    Quedar-se quieto à espera do canto.
    E do voo.




    *********************



    POEMA PARA CUALQUIER AÑO NUEVO



    Acojer pájaros.
    Sus sombras de libertad y belleza.
    Escuchar sus trinos de dolor, hambre y placer.
    Comprender la expresión de las alas.
    Ponerlos sobre tus hombros,
    déjarse estar junto a ellos,
    en este viaje de búsqueda y calma.
    Ser un pájaro en la sabiduría
    de mararvillarse con la vida
    – ínfima y poca –
    en sus más pequeños detalles
    de misterio y poesía.
    Aprender a transformar migajas
    en semillas de nido.
    Y compártirlas.
    Entender la costilla de las distancias
    : los obstáculos.
    Quedarse quieto y esperar el canto.
    Y el vuelo.


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    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





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    Mensaje por Maria Lua 14.01.24 9:22

    oda palavra é falácia.
    Nada e maravilha.
    Toda palavra é nunca.
    O amor, por exemplo. Ou como Deus se pronuncia.

    (Eis que nenhuma palavra é dia.
    A não ser alguma que à esperança mentia.)

    Toda palavra ornamenta uma lápide
    De mistérios e magias.
    Daí, a incompletude – sua infinita largueza.
    Daí, a poesia implícita em cada uma:
    Barro e cimento. Pedra-viva.



    _________________



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    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
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    Mensaje por Maria Lua 06.02.24 9:51

    REGISTRO




    É no silêncio que melhor te amo
    Os pássaros quedam suas asas nos ninhos
    a música dorme seus acordes
    o monstro marinho esconde a sua face
    Te amo no silêncio de tudo
    Quando na noite livros se escondem das poeiras
    sinos cortam seus tendões
    corpos nus retesam dedos músculos diafragmas
    e telefones se calam como um beijo cala a língua
    É no silêncio
    Quando as pedras descansam das dores dos pés
    e os mares sabem da calmaria dos peixes
    É no silêncio sem culpa dos torturadores
    no silêncio de santos em pecado
    no silêncio paciente do voyeur
    que te amo melhor
    Ouvindo tua chegada
    lambendo tuas pegadas
    cozinhando teus ossos e teus dentes
    É no silêncio tão mais e mais e mais
    No silêncio dos ventres e dos umbigos
    que te compreendo melhor
    e à vida melhor
    e aos homens melhor
    Que te ouço delicado como um soco no vento
    E durmo feliz mastigando teus gemidos


    Tanussi Cardoso, Amor, verbo atemporal


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    Mensaje por Maria Lua 06.02.24 9:54

    Toda palavra é noite.
    Perpetua a angústia do não encontro.
    Há sempre perda no contato,
    Mesmo que se some à pele o espanto.

    Toda palavra é prisão e liberdade.
    Intervalo entre som e silêncio.
    Toda palavra é falta.
    Suspiro entre sopro e chama.

    Toda palavra é não.
    Dentes demasiados de dor.
    Toda palavra é vã e vão.
    Ainda que belamente perfeita.
    Ainda que de adjetivos – cilada, aparência.

    Toda palavra é falácia.
    Nada e maravilha.
    Toda palavra é nunca.
    O amor, por exemplo. Ou como Deus se pronuncia.


    (Eis que nenhuma palavra é dia.
    A não ser alguma que à esperança mentia.)

    Toda palavra ornamenta uma lápide
    De mistérios e magias.
    Daí, a incompletude – sua infinita largueza.
    Daí, a poesia implícita em cada uma:
    Barro e cimento. Pedra-viva.

    Toda palavra diz-se cedo.
    O adeus, por exemplo. Ou como o morto se anuncia.


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