Aires de Libertad

¿Quieres reaccionar a este mensaje? Regístrate en el foro con unos pocos clics o inicia sesión para continuar.

https://www.airesdelibertad.com

Leer, responder, comentar, asegura la integridad del espacio que compartes, gracias por elegirnos y participar

Estadísticas

Nuestros miembros han publicado un total de 1041620 mensajes en 47623 argumentos.

Tenemos 1570 miembros registrados

El último usuario registrado es Siby

¿Quién está en línea?

En total hay 75 usuarios en línea: 3 Registrados, 0 Ocultos y 72 Invitados :: 3 Motores de búsqueda

Maria Lua, Maria Román, Siby


El record de usuarios en línea fue de 1156 durante el Mar 05 Dic 2023, 20:39

Últimos temas

» Rabindranath Tagore (1861-1941)
MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 EmptyHoy a las 23:22 por Maria Lua

» CLARICE LISPECTOR II
MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 EmptyHoy a las 23:19 por Maria Lua

» FRANCESCO PETRARCA (1304-1374)
MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 EmptyHoy a las 23:15 por Maria Lua

» Luís Vaz de Camões (c.1524-1580)
MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 EmptyHoy a las 23:13 por Maria Lua

»  FERNANDO PESSOA II (!3/ 06/1888- 30/11/1935) )
MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 EmptyHoy a las 23:12 por Maria Lua

» VINICIUS DE MORAES
MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 EmptyHoy a las 23:10 por Maria Lua

» CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (Brasil, 31/10/ 1902 – 17/08/ 1987)
MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 EmptyHoy a las 23:08 por Maria Lua

» Berta Cardoso (Fado Faia)
MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 EmptyHoy a las 20:13 por Juan Martín

» Tango en lunfardo El Choclo "--con Explicación.
MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 EmptyHoy a las 20:03 por Juan Martín

» MARÍA BENEYTO (1925-2011)
MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 EmptyHoy a las 18:11 por Pedro Casas Serra

Mayo 2024

LunMarMiérJueVieSábDom
  12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031  

Calendario Calendario

Conectarse

Recuperar mi contraseña

Galería


MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty

+14
Lluvia Abril
Adriana Pardo (Luia)
Pascual Lopez Sanchez
cecilia gargantini
Ana María Di Bert
Samara Acosta
Simon Abadia
Marusa F.Macias
Evangelina Valdez
Carmen Parra
Pedro Casas Serra
Andrea Diaz
Walter Faila
Juan Martín
18 participantes

    MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Jue 30 Abr 2020, 13:50

    O tempo
    A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.

    Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
    Quando se vê, já é 6ª-feira…
    Quando se vê, passaram 60 anos!
    Agora, é tarde demais para ser reprovado…
    E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
    eu nem olhava o relógio
    seguia sempre em frente…

    E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Jue 30 Abr 2020, 13:50

    Presença
    É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
    teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
    das horas ponha um frêmito em teus cabelos…
    É preciso que a tua ausência trescale
    sutilmente, no ar, a trevo machucado,
    as folhas de alecrim desde há muito guardadas
    não se sabe por quem nalgum móvel antigo…
    Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
    e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
    É preciso a saudade para eu sentir
    como sinto – em mim – a presença misteriosa da vida…
    Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
    que nunca te pareces com o teu retrato…
    E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Jue 30 Abr 2020, 13:51

    Espantos
    Neste mundo de tantos espantos,
    cheio das mágicas de Deus,
    O que existe de mais sobrenatural
    São os ateus...


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Jue 30 Abr 2020, 13:51

    O pobre poema
    Eu escrevi um poema horrível!
    É claro que ele queria dizer alguma coisa...
    Mas o quê?
    Estaria engasgado?
    Nas suas meias-palavras havia no entanto uma ternura mansa como a que se vê nos olhos de uma criança doente, uma precoce, incompreensível gravidade
    de quem, sem ler os jornais,
    soubesse dos seqüestros
    dos que morrem sem culpa
    dos que se desviam porque todos os caminhos estão tomados...
    Poema, menininho condenado,

    bem se via que ele não era deste mundo nem para este mundo...
    Tomado, então, de um ódio insensato,
    esse ódio que enlouquece os homens ante a insuportável
    verdade, dilacerei-o em mil pedaços.

    E respirei...
    Também! quem mandou ter ele nascido no mundo errado?


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Jue 30 Abr 2020, 13:51

    A Rua dos Cataventos
    Da vez primeira em que me assassinaram,
    Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
    Depois, a cada vez que me mataram,
    Foram levando qualquer coisa minha.

    Hoje, dos meus cadáveres eu sou
    O mais desnudo, o que não tem mais nada.
    Arde um toco de Vela amarelada,
    Como único bem que me ficou.

    Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
    Pois dessa mão avaramente adunca
    Não haverão de arrancar a luz sagrada!

    Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
    Que a luz trêmula e triste como um ai,
    A luz de um morto não se apaga nunca!


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Jue 30 Abr 2020, 13:52

    Canção do dia de sempre
    Tão bom viver dia a dia...
    A vida assim, jamais cansa...

    Viver tão só de momentos
    Como estas nuvens no céu...

    E só ganhar, toda a vida,
    Inexperiência... esperança...

    E a rosa louca dos ventos
    Presa à copa do chapéu.

    Nunca dês um nome a um rio:
    Sempre é outro rio a passar.

    Nada jamais continua,
    Tudo vai recomeçar!

    E sem nenhuma lembrança
    Das outras vezes perdidas,
    Atiro a rosa do sonho
    Nas tuas mãos distraídas...


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Vie 01 Mayo 2020, 12:40

    O pobre poema

    Eu escrevi um poema horrível!
    É claro que ele queria dizer alguma coisa...
    Mas o quê?
    Estaria engasgado?
    Nas suas meias-palavras havia no entanto uma ternura mansa como a que se vê nos olhos de uma criança doente, uma precoce, incompreensível gravidade
    de quem, sem ler os jornais,
    soubesse dos seqüestros
    dos que morrem sem culpa
    dos que se desviam porque todos os caminhos estão tomados...
    Poema, menininho condenado,

    bem se via que ele não era deste mundo nem para este mundo...
    Tomado, então, de um ódio insensato,
    esse ódio que enlouquece os homens ante a insuportável
    verdade, dilacerei-o em mil pedaços.

    E respirei...
    Também! quem mandou ter ele nascido no mundo errado?


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Vie 01 Mayo 2020, 12:40

    A Rua dos Cataventos

    Da vez primeira em que me assassinaram,
    Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
    Depois, a cada vez que me mataram,
    Foram levando qualquer coisa minha.

    Hoje, dos meus cadáveres eu sou
    O mais desnudo, o que não tem mais nada.
    Arde um toco de Vela amarelada,
    Como único bem que me ficou.

    Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
    Pois dessa mão avaramente adunca
    Não haverão de arrancar a luz sagrada!

    Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
    Que a luz trêmula e triste como um ai,
    A luz de um morto não se apaga nunca!


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Vie 01 Mayo 2020, 12:41

    Canção do dia de sempre


    Tão bom viver dia a dia...
    A vida assim, jamais cansa...

    Viver tão só de momentos
    Como estas nuvens no céu...

    E só ganhar, toda a vida,
    Inexperiência... esperança...

    E a rosa louca dos ventos
    Presa à copa do chapéu.

    Nunca dês um nome a um rio:
    Sempre é outro rio a passar.

    Nada jamais continua,
    Tudo vai recomeçar!

    E sem nenhuma lembrança
    Das outras vezes perdidas,
    Atiro a rosa do sonho
    Nas tuas mãos distraídas...


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Vie 01 Mayo 2020, 13:02

    Relógio


    O mais feroz dos animais domésticos
    é o relógio de parede:
    conheço um que já devorou
    três gerações da minha família.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Sáb 02 Mayo 2020, 10:02

    Emergência

    Quem faz um poema abre uma janela.
    Respira, tu que estás numa cela
    abafada,
    esse ar que entra por ela.
    Por isso é que os poemas têm ritmo —
    para que possas profundamente respirar.
    Quem faz um poema salva um afogado.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Dom 03 Mayo 2020, 09:28


    Mário Quintana (Alegrete, 1906 - Porto Alegre, 1994) Poeta brasileño. Recibió una educación afrancesada debido a las circunstancias políticas que se dieron en su país a consecuencia de la Revolución del 27: en su casa se respiraba un ambiente de conspiración que les llevaba a dialogar en francés para no ser entendidos por la servidumbre.
    Desde su primer trabajo (encargado de la sección de literatura extranjera en la librería Globo) estuvo directamente relacionado con el mundo de las letras, relación que se ensanchó aún más al empezar a colaborar en los periódicos O Estado do Rio Grande, O Correio do Povo y la revista Globo.

    El primer poemario de Quintana, el titulado A Rua dos Cataventos, data de 1940, y se compone de 35 sonetos. Le siguieron Sapato Florido (1948), O Aprendiz de Feiticeiro (1950) y Espelho Mágico (1951), que participan de los rasgos comunes de su quehacer poético: cierto carácter intimista, un estoicismo moderado y algunos apuntes surrealistas.

    Mario Quintana se mantuvo siempre alejado de propuestas extremistas, como en el caso de la literatura combativa de la generación de 1945 o el experimentalismo exagerado del concretismo. Otras obras suyas, tal vez no tan logradas como las mencionadas, son Apontamentos de História Sobrenatural (1976), Esconderijos do Tempo (1980), Baú de Espantos (1986), Preparativos de Viagem (1987), A Cor do Invisível (1989) y Velório sem Defunto (1990). En general, su poesía evolucionó, formalmente, de los metros tradicionales al verso libre.

    Biografía: [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]


    **************



    Mário Quintana (Alegrete, 1906 - Porto Alegre, 1994) Poeta brasileño. Recibió una educación afrancesada debido a las circunstancias políticas que se dieron en su país a consecuencia de la Revolución del 27: en su casa se respiraba un ambiente de conspiración que les llevaba a dialogar en francés para no ser entendidos por la servidumbre.
    Desde su primer trabajo (encargado de la sección de literatura extranjera en la librería Globo) estuvo directamente relacionado con el mundo de las letras, relación que se ensanchó aún más al empezar a colaborar en los periódicos O Estado do Rio Grande, O Correio do Povo y la revista Globo.

    El primer poemario de Quintana, el titulado A Rua dos Cataventos, data de 1940, y se compone de 35 sonetos. Le siguieron Sapato Florido (1948), O Aprendiz de Feiticeiro (1950) y Espelho Mágico (1951), que participan de los rasgos comunes de su quehacer poético: cierto carácter intimista, un estoicismo moderado y algunos apuntes surrealistas.

    Mario Quintana se mantuvo siempre alejado de propuestas extremistas, como en el caso de la literatura combativa de la generación de 1945 o el experimentalismo exagerado del concretismo. Otras obras suyas, tal vez no tan logradas como las mencionadas, son Apontamentos de História Sobrenatural (1976), Esconderijos do Tempo (1980), Baú de Espantos (1986), Preparativos de Viagem (1987), A Cor do Invisível (1989) y Velório sem Defunto (1990). En general, su poesía evolucionó, formalmente, de los metros tradicionales al verso libre.

    Biografía: [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]


    **************




    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Dom 03 Mayo 2020, 09:29

    CANCIÓN DE AMOR IMPREVISTO


    Yo soy un hombre cerrado.
    El mundo me tornó egoísta y malo.
    Y mi poesía es un vicio triste,
    Desesperado y solitario
    Que yo hago todo por disimular.

    Mas tú apareciste con tu boca fresca de madrugada,
    Con tu paso leve,
    Con esos tus cabellos...

    Y el hombre taciturno quedó inmóvil, sin comprender nada, en una alegría atónita...
    ¡La súbita, la dolorosa alegría de un espantajo inútil
    Adonde vienen a posarse los pajarillos!



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Dom 03 Mayo 2020, 14:24

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Lun 04 Mayo 2020, 13:02

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]

    Poetas: Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana, Paulo Mendes


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Mar 05 Mayo 2020, 01:37

    Segunda canción de muy lejos

    Había un corredor que hacía ángulo:
    Un misterio encanalando con otro misterio, en lo oscuro...
    Pero vamos a cerrar los ojos
    Y pensar en una otra cosa...

    Vamos a oír el ruido cantado, el ruido arrastrado por las corrientes en el aljibe,
    Empujando el agua fresca y profunda.
    Había en el arco del aljibe trepadoras trémulas.
    Nosotros nos inclinábamos en el borde, gritando los nombres de unos y otros,
    Y allá adentro las palabras resonaban fuertes, cavernosas como voces de león.
    Nosotros éramos cuatro, una prima, dos negrillos y yo.
    Había azulejos relucientes, el muro del huerto pequeño,1 que limitaba el mundo,
    Una pianeira2 enorme y, siempre y cada vez más, los grillos y las estrellas...

    Había todos los ruidos, todas las voces de aquellos tiempos...
    Las lindas y absurdas cantigas, tía Tula regañando a los cachorros,
    El chillar de las teteras...
    ¿Dónde andará ahora el pince-nez3 de tía Tula
    Que ella no hallaba nunca?
    La pobre no llegó a terminar la Toutinegre del Molino,4
    ¡Que salía en folletín en el Correo del Pueblo!...
    La última vez que la vi, ella ya doblando aquel corredor oscuro.
    Ya encogida, pequeñísima, humilde. Sus pasos no hacían ruido.
    ¡Y ella no se volteó para atrás!



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Mar 05 Mayo 2020, 19:06

    Canção de barco e de olvido



    Para Augusto Meyer



    Não quero a negra desnuda.

    Não quero o baú do morto.

    , Eu quero o mapa das nuvens

    E um barco bem vagaroso.



    Ai esquinas esquecidas...

    Ai lampiões de fíns-de-linha...

    Quem me abana das antigas

    Janelas de guilhotina?



    Que eu vou passando e passando,

    Como em busca de outros ares...

    Sempre de barco passando,

    Cantando os meus quintanares...



    No mesmo instante olvidando

    Tudo o de que te lembrares.



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Mar 05 Mayo 2020, 19:07

    CONFESSIONAL



    Eu fui um menino por trás de uma vidraça — um

    menino de aquário.

    Via o mundo passar como numa tela cinematográfica, mas que repetia sempre as mesmas cenas, as mesmas

    personagens.

    Tudo tão chato que o desenrolar da rua acabava

    me parecendo apenas em preto e branco, como nos filmes

    daquele tempo.

    O colorido todo se refugiava, então, nas ilustrações

    dos meus livros de histórias, com seus reis hieráticos e belos

    como os das cartas de jogar.

    E suas filhas nas torres altas - inacessíveis princesas.

    Com seus cavalos — uns verdadeiros príncipes na

    elegância e na riqueza dos jaezes.

    Seus bravos pagens (eu queria ser um deles... )

    Porém, sobrevivi...

    E aqui, do lado de fora, neste mundo em que

    vivo, como tudo é diferente ' Tudo, ó menino do aquário,

    é muito diferente do teu sonho...

    ( Só os cavalos conservam a natural nobreza. )


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Miér 06 Mayo 2020, 15:19

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Miér 06 Mayo 2020, 21:49

    O SILÊNCIO



    Há um grande silêncio que está sempre à escuta...



    E a gente se pêe a dizer inquietamente qualquer coisa, qual-

    quer coisa, seja o que for,

    desde a corriqueira dúvida sobre se chove ou não chove hoje

    até a tua dúvida metafísica, Hamleto!



    E, por todo o sempre, enquanto a gente fala, fala, fala

    o silêncio escuta...

    e cala.





    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Jue 07 Mayo 2020, 14:50

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]



    Os vira-luas


    Todos lhes dão, com una disfarçada ternura, o nome, tão apropriado, de vira-latas. Mas e os vira-luas? Ah! ninguém se lembra desses outros vagabundos noturnos, que vivem farejando a Lua, fuçando a Lua, insaciavelmente, para aplacar uma outra fome, uma outra miséria, que não é a do corpo...



    Los "vacía-lunas"

    Todos les dan, con una disfrazada ternura, el nombre, tan apropiado, de "vacía-latas". Pero ¿y los "vacía-lunas"? ¡Ah! nadie se acuerda de esos otros vagabundos nocturnos, que viven husmeando la Luna, olisqueando la Luna, insaciablemente, para aplacar otra clase de hambre, otra clase de miseria, que no es la del cuerpo...


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Jue 07 Mayo 2020, 21:42

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]



    DENTRO DA NOITE ALGUÉM CANTOU...


    Dentro da noite alguém cantou.
    Abri minhas pupilas assustadas
    De ave noturna... E as minhas mãos, velas paradas,
    Não sei que frêmito as agitou!

    Depois, de novo, o coração parou.
    E quando a lua, enorme, nas estradas
    Surge... dançam as minhas lâmpadas quebradas
    Ao vento mau que as apagou...

    Não foi nenhuma voz amada
    Que, preludiando a canção notâmbula,
    No meu silêncio me procurou...

    Foi minha própria voz, fantástica e sonâmbula!
    Foi, na noite alucinada,
    A voz do morto que cantou.


    Mario Quintana (A Rua dos Cataventos, 1940)






    *********************



    EN LA PROFUNDA NOCHE ALGUIEN CANTÓ...


    En la profunda noche alguien cantó.
    Y yo abrí mis pupilas asustadas
    De ave nocturna... Y mis manos, velas paradas,
    ¡No sé que estremecer las agitó!

    Luego, de nuevo, el corazón paró.
    Y al ver la luna, enorme, en las calzadas
    Salir... bailan mis lámparas quebradas
    Al viento malo que las apagó...

    No fue ninguna voz amada
    La que, anunciando la canción noctámbula,
    En mi silencio me buscó...

    ¡Fue mi propia voz, fantástica y sonámbula!
    Fue, en la noche alucinada,
    La voz del muerto que cantó.


    Mario Quintana (A Rua dos Cataventos, 1940)
    (Versión de Pedro Casas Serra)


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Vie 08 Mayo 2020, 09:14



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Vie 08 Mayo 2020, 12:40



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Sáb 09 Mayo 2020, 19:01



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Sáb 09 Mayo 2020, 19:11

    INTENTA OLVIDARME. ANTOLOGÍA DEL BRASILEÑO MARIO QUINTANA.


    COMENTARIO DE MANUEL QUIROGA CLÉRIGO


    Por Crear en Salamanca




    El poeta brasileño Mario Quintana





    Crear en Salamanca se complace en publicar este comentario escrito por nuestro colaborador habitual el poeta y ensayista Manuel Quiroga Clérigo.



    MARIO QUINTANA: “ABRO DE PAR EN PAR LAS VENTANAS”.

    (ANTOLOGÍA POÉTICA)”. COLECCIÓN ADONÁIS.



    “El presente está solo” escribe Jorge Luis Borges en “El instante” y el poeta brasileño Mario Quintana advierte “Lo que no conseguimos olvidar/nos sigue sucediendo” en el libro “Intenta olvidarme (Antología poética)” que en edición bilingüe con selección, versión y prólogo de Enrique García-Máiquez, publica Ediciones Rialp como número doble 664-665 de la Colección Adonáis (Madrid 2018).



    Cuando llueve en el Norte, igual que siempre, la poesía de Mario Quintana parece acariciarnos de una manera especial. Considerado como uno de los poetas más apreciados del Siglo XX brasileño este autor, nacido en Alegrete en 1906 y fallecido en Porto Alegre en 1994, sus creaciones líricas se nos ofrecen como expresiones de una sencillez conmovedora donde, fundamentalmente, la existencia aparece como el verdadero testigo de deseos, costumbres y vivencias: “Escribo junto a la ventana abierta./Mi pluma es del color de las persianas,/verde. Y qué leves, lindas filigranas/deja el sol en la página desierta”, así comienza su poema “Cuadro” del libro “La calle de las veletas” (1940) donde advertimos no sólo esas expresiones minuciosas del poeta sino, también, la muy acertada versión de García-Máiquez que convierte los versos de Quintana en verdaderos poemas con el más lírico acercamiento al castellano; no en vano ambas lenguas tuvieron un importante itinerario común mientras se formaban las dos nacionalidades tras la separación de Portugal de la Corona de Castilla. En “Circo” leemos “No escribo versos, yo me los arranco/retorciendo mis huesos doloridos./La entrada es gratis para conocidos;/para amadas reservo el primer banco”.






    Testigo literario de gran parte del siglo XX brasileño los libros de Quintana se fueron publicando durante más de 50 años. En esta antología de la Colección Adonáis tenemos también los versos de “Velatorio sin difunto” que vio la luz en 1990 y que seis años antes de su fallecimiento escribía en el poema titulado “Éste y el otro lado”: “Tengo una gran curiosidad por el Otro Lado,/(¿Qué habrá al Otro Lado, Dios mío?),/pero tampoco tengo tanta prisa/porque en este mundo hay panteras bellas, nubes, bellas mujeres,/árboles de un verde pavorosamente ecológico,/ y Allá-donde todo recomienza-/tal vez no llueva nunca/y entonces no se pueda uno quedar en casa/con nostalgia de aquí”.



    Divide su prólogo García-Máiquez en tres partes. En la primera, denominada “El poeta”, resume la vida Mario Quintana de quien dice que “Vivió una fotogénica bohemia, soltero, de hotel en hotel, pero en su ciudad, sin viajar apenas”, con lo que nos permite igualarle, de alguna manera, con el portugués Fernando Pessoa, aunque éste, desgraciadamente, vivió muchos años y, tal vez, de manera un poco desordenada, al menos en lo referente a su cuidado personal y a su propia alimentación, recordando además que, Quintana, “Hizo cuentos y aforismos, tan propios que se conocen como ´quintanares´, tan poéticos que los incluyó en su poesía completa, aunque aquí nos ceñimos a su poesía en verso”. El segundo apartado, “Los poemas” lo dedica el traductor a una sucinta crítica de la obra del poeta brasileño y señala que “Quintana empezó a agrupar sus poemas por un laxo orden de creación” y que en sus versos “es donde el poeta aparece como un tierno inadaptado, incapaz de compromiso político, y vivamente interesado en la muerte”. Referencias como ser admirado por Drummond de Andrade, Manuel Bandeira y Cecilia Meireles o el hecho de haber sido estudiado por Tania Franco Carvalhal quien afirma: “Es sorprendente cómo conviven en la poesía de M. Q. elementos tan contradictorios como el dolor y la risa, la amargura y el humor, la vida real y lo sobrenatural, el pasado y el presente”. “El autobiografismo- escribe Máiquez- tiene un reflejo divertido y emocionante, pues el poeta escribe tres poemarios de vejez y despedida, tres, como si Quintana no dejase nunca de asombrarse, aprovechando su fructífera longevidad, de lo inagotable de la poesía y de la belleza del mundo”. Al hablar de la versión, en la tercera parte del prólogo, Máiquez habla de su trabajo y de la libertad con que ha mostrado en castellano unos textos de los que, dice, desea ver publicada en nuestra lengua la obra completa.









    De “Canciones” (1946) elegimos los versos de “Canción de la llovizna”, acorde con nuestros momentos de relectura de estos poemas: “Llueve sin saber por qué…/y todo fue siempre así./Parece que sufriré:/Pirulín, lulín, lulín…”. Son poemas delicados, etéreos, con esa libertad que imprime la naturaleza o la cercanía a los temas humanos: la primavera, el viento, las ventanas, el amor.



    De “Zapato florecido” de 1948 tenemos un sencillo y significativo poema: (“Envejecer”: “Antes cualquier camino iba/./Hoy todos vuelven./La casa es cómoda, los libros pocos./Y yo mismo preparo té a los fantasmas”. Y “El aprendiz de hechicero” (1950) habla de obsesiones, como la del Mar Océano, o evoca un delicado “Cántico”: “Vienes precedida por los vuelos altos,/por la marcha lenta de las nubes”. Avanzamos con “Espejo mágico” (1951) que contiene algunos de sus poemas cortos, casi esbozos de una inspiración natural, vibraciones de momentos en los que el poeta prescinde de la memoria y, amablemente, cuenta su propia experiencia de hombre de mundo, como cuando escribe, por ejemplo “Conocer a los otros, y a uno, ver el mal/con claridad, es-más que don-veneno./Es sufrir más que todos ; y, al final,/sin el consuelo de haber sido bueno”.



    La poesía de Mario Quintana, en esta versión de cercanías, se nos antoja como la expresión de un autor delicado, romántico, con buenas dosis de humor y cierta travesura intelectual al llevar a sus poemas temas que podrían parecer intrascendentes como algunos de “Apuntes de historia sobrenatural” (1976) por ejemplo el denominado “Siesta antigua”: “La calleja lagarteando al sol./El quiosco de música desierto/aumenta, aún más, el silencio./Ni un perro./Este poemita,/brotado áspero y quebradizo, es/ lo único que sucede”. Esa sencillez, es manera de enfrentarse a lo el poeta ve, siente, conoce, ejercita nos permite reconocer su talante de autor moderado que podría no sentirse un creador esforzado sino un moderado cantor de la naturaleza, como lo fueron el mismo Pessoa, Antonio Machado, los Alberti, Neruda, Luis Rosales, etcétera. También se habla de cierto paralelismo de la obra de Mario Quintana con la de la polaca Wislawa Szymborska. Félix Grande dejó escrito “La poesía: esta vieja costumbre de los seres humanos que conocen la solemnidad del infortunio y que quieren compartir con sus contemporáneos ese doble conocimiento”. Algo parecido podríamos decir de algunos de los versos de Mario Quintana, de esa/su manera propia de enfrentarse realidades y de transmitir sus ideas, temores, vivencias, a través de unos líneas limpias, musicales, armónicas.










    De “La vaca y el hipogrifo” (1977) nos quedamos con “La construcción”: “Levantaron la Torre de Babel/para escalar el cielo./Mas Dios no estaba allá./Estaba allí, entre ellos, ayudando a construir la torre”. En “Escondrijos de tiempo” de 1980 leemos: “Los poemas son pájaros que llegan/-no se sabe de dónde-/y se posan en el libro que lees”. Y así el poeta va culminando todos los deseos, es decir, los de mirar al horizonte y describirle, reflejar los afectos hacia el mundo circundante, vivir. Tal vez lo consiguiera en ese “Baúl de asombros” (1986) con poemas atrevidos, personales, realistas, acordes con el mundo que nos circunda: “En este mundo de prodigios/y de la magia de Dios lleno,/lo que hay más sobrenatural/son los ateos”.



    Es claro el sentido del humor, la capacidad de ironía, como adelantaba Máiquez, cuando tenemos su colección de versos bajo un título memorable, o sea, “La pereza como método de trabajo” de 1987: “Su culito/dejó en la arena/la forma exacta/de un corazón”, con lo que aparecen esos síntomas de cierta travesura, de libertad adolescente, de un rostro desenfado ante lo que nos rodea y, con ello, vemos que el poeta también es un ser humano. “El porvenir ya existe-escribió Jorge Luis Borges-, pero yo soy su amigo”. Seguramente en esa razonamiento se situaron algunos de los poemas de Mario Quintana como los de “Preparativos de viaje” (1987): “…en medio de este viaje,/muchas veces me paro en los espejos/y busco en vano mi perdida imagen”, los de “El color de lo invisible” (1989) (“La luna marcha con el que se marcha/y se queda con quien se queda/y/-pacientemente-/espera a los suicidas en el fondo del pozo”).






    Bueno está que la poesía que se escribe en Brasil y Portugal pueda ser re-creada, transmitida al español o castellano pues, hermanos al fin en el territorio ibérico, aquellos poetas gozan de la misma, o similar, intuición lírica y de un entrañable sentido de la realidad, donde se mezclan los sentimientos personales y los temores universales: los del dolor y la muerte, los del amor y la vida. Y en esos cauces se viene desarrollando la poesía, al menos la conocida en este libro, de Mario Quintana, efectivamente, poco conocido en nuestro país aunque considerado como de los poetas brasileños más importantes del siglo XX. Musicalidad, ritmo, energía lírica y cierto tono adolescente, aparecen en mucho de sus versos, todo lo que le configura como un creador en el cual la ternura aparece a cada paso y cuyos poemas, además de sorprendernos, nos dejan el suave regusto de una inspiración algo esforzada y distinguida, como si su profesión de poeta hubiera sido lo más importante de toda su existencia.



    Ya Máiquez señalaba que en la obra de nuestro autor encontramos, al menos, ”tres poemarios de vejez y despedida”. Así lo hemos leído en algunos de los poemas anteriores y, así, sucede en el ya mencionado poemario “Velatorio sin difunto” donde aparece cierto sentimiento religioso de Mario Quintana (“…qué miedo me daba Nuestro Señor de los Pasos”), la capacidad de acercamiento a los demás, el amor (“Tú eres el material de mis versos, querida”), su pequeñez ante la grandiosidad del universo y el humano temor ante la eternidad: “La muerte es la cosa más antigua del mundo/y la hora incierta llega en punto siempre./¿Qué importa al final?/Es ahora la única sorpresa que nos queda”.







    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Dom 10 Mayo 2020, 08:56


    Mario Quintana, poeta brasileño
    EFE
    06 MAY 1994 - 19:00 BRT
    El poeta brasileño Mario Quintana, un caracterizado modernista que cultivó el verso libre y la poesía en prosa, murió ayer en un hospital de la sureña ciudad de Porto Alegre, informaron sus familiares. Quintana tenía 87 años de edad y falleció seis días después de haber sido ingresado en el hospital Moinhos de Vento de esta ciudad, capital del Estado brasileño de Rio Grande do Sul. Allegados dijeron que el poeta fue internado debido a una infección intestinal, y precisaron que su estado de salud empeoró tras contraer una neumonía, presentar insuficiencia respiratoria y registrar oscilaciones en la presión arterial.El escritor fallecido había nacido el 30 de julio de 1906, en la población de Alegrete (Rio Grande do Sul), y se presentó como poeta en 1940, con su libro A rua dos Cataventos (La calle de los Catavientos). El texto lo componen 35 sonetos escritos en un lenguaje simple y coloquial que caracterizaría toda la obra siguiente de Quintana, pero de la que también la diferenciaría la adopción de otras formas.


    El poeta de Alegrete se hizo modernista. Acogió el verso libre y la poesía en prosa, una opción que los críticos de la época definieron como la "despoetización del poema". Canciones (1946), Zapato florido (1947) y Cuaderno H (1973) -que recoge textos literarios publicados en la prensa local de Porto Alegre-, destacan en su obra. Además de la simplicidad en el lenguaje, a Quintana se le celebraba el fino humor presente en su creación y su conversación. Quintana solía decir que "el poeta canta a sí mismo porque de sí mismo es diverso", "amar es cambiar al alma de casa" y que "la mentira es una verdad que se olvidó de acontecer".

    Los restos mortales del poeta brasileño fueron conducidos al salón de sesiones de la Asamblea Legislativa de Río Grande do Sul, antes de recibir sepultura en la tarde de ayer.-

    * Este artículo apareció en la edición impresa del viernes, 06 de mayo de 1994.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Dom 10 Mayo 2020, 12:41



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Dom 10 Mayo 2020, 12:58



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 69342
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Maria Lua Dom 10 Mayo 2020, 14:37

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    Poema da Gare do Astapovo





    O velho Leon Tolstoi fugiu de casa aos oitenta anos

    E foi morrer na gare de Astapovo!

    Com certeza sentou-se a um velho banco,

    Um desses velhos bancos lustrosos pelo uso

    Que existem em todas as estaçõezinhas pobres do mundo,

    Contra uma parede nua...

    Sentou-se... e sorriu amargamente

    Pensando que

    Em toda a sua vida

    Apenas restava de seu a Glória,

    Esse irrisório chocalho cheio de guizos e fitinhas

    Coloridas

    Nas mãos esclerosadas de um caduco!

    E então a Morte,

    Ao vê-lo sozinho àquela hora

    Na estação deserta,

    Julgou que ele estivesse ali à sua espera,

    Quando apenas sentara para descansar um pouco!

    A Morte chegou na sua antiga locomotiva

    (Ela sempre chega pontualmente na hora incerta...)

    Mas talvez não pensou em nada disso, o grande Velho,

    E quem sabe se até não morreu feliz: ele fugiu...

    Ele fugiu de casa...

    Ele fugiu de casa aos oitenta anos de idade...

    Não são todos os que realizam os velhos sonhos da infância!


    *****************************************


    Poema de la estación de Astapovo


    El viejo Leon Tolstoi huyó de su casa a los ochenta años

    ¡Y fue a morir a la estación de Astapovo!

    Seguro que se sentó en un viejo banco,

    Uno de esos relucientes por el uso

    Que hay en todas las estaciones pobres del mundo,

    Junto a sus paredes desnudas...

    Se sentó... y sonrió amargamente

    Pensando que

    De toda su vida

    Sólo le quedaba la Gloria,

    Ese ridículo sonajero lleno de cascabeles y cintitas

    De colores

    ¡En las manos escleróticas de un viejo decrépito!

    Entonces la Muerte,

    Al verlo solo a aquella hora

    En la estación desierta,

    Pensó que él estaba allí esperándola,

    ¡Cuando sólo se había sentado para descansar un rato!

    La Muerte llegó en su vieja locomotora

    (Ella siempre llega puntualmente en hora incierta...)

    Aunque quizá no pensó nada de eso, el gran Viejo,

    Y quien sabe si hasta no murió feliz: él había huido...

    Había huido de su casa...

    Había huido de su casa a los ochenta años de edad...


    **************************************


    Versión de Pedro Casas Serra( Barcelona)


    Foto: Estação de Trem de Astapovo, Rússia


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]

    Contenido patrocinado


    MARIO QUINTANA    ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)  - Página 8 Empty Re: MARIO QUINTANA ( Brasil: 30/07/1906 -05/05/1994)

    Mensaje por Contenido patrocinado


      Fecha y hora actual: Miér 08 Mayo 2024, 23:34