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    Mensaje por Maria Lua Miér Mar 24, 2021 1:07 pm




    Se a ninguém tratais com desamor


    Se a ninguém tratais com desamor,
    antes a todos tendes afeição,
    e se a todos mostrais um coração
    cheio de mansidão, cheio de amor;

    desde hoje me tratai com desfavor,
    mostrai-me um ódio esquivo, üa isenção;
    poderei acabar de crer então
    que somente a mi me dais favor.

    Que, se tratais a todos brandamente,
    claro é que aquele é só favorecido
    a quem mostrais irado o continente.

    Mal poderei eu ser de vós querido,
    se tendes outro amor na alma presente,
    que amor é um, não pode ser partido.













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    Mensaje por Maria Lua Dom Mar 28, 2021 2:48 pm

    Resposta do Autor a um soneto, pelos
    mesmos consoantes


    De tão divino acento e voz humana,
    de tão doces palavras peregrinas,
    bem sei que minhas obras não são dinas,
    que o rudo engenho meu me desengana.

    Mas de vossos escritos corre e mana
    licor que vence as águas cabalinas;
    e convosco do Tejo as flores finas
    farão enveja à cópia Mantuana.

    E pois a vós de si não sendo avaras,
    as filhas de Mnemósine fermosa
    partes dadas vos tem, ao mundo caras;

    a minha Musa e a vossa tão famosa,
    ambas posso chamar ao mundo raras:
    a vossa de alta, a minha de envejosa.


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    Mensaje por Maria Lua Lun Abr 05, 2021 12:23 pm

    Razão é já que minha confiança


    Razão é já que minha confiança
    se deça de üa falsa opinião;
    mas Amor não se rege por razão:
    não posso perder logo a esperança.

    A vida, si; que üa áspera mudança
    não deixa viver tanto um coração.
    E eu na morte tenho a salvação,
    si; mas quem a deseja não a alcança.

    Forçado é logo que eu espere e viva.
    Ah! dura lei de Amor, que não consente
    quietação nüa alma que é cativa!

    Se hei-de viver, enfim, forçadamente,
    para que quero a glória fugitiva
    de üa esperança vã que me atormente?



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    Mensaje por Maria Lua Lun Abr 05, 2021 12:23 pm

    Quem vos levou de mi, saudoso estado



    Quem vos levou de mi, saudoso estado,
    que tanta sem-razão comigo usastes?
    Quem foi? Por quem tão presto me negastes,
    esquecido de todo o bem passado?

    Trocastes-me um descanso em um cuidado
    tão duro, tão cruel, qual me ordenastes;
    a fé, que tínheis dado, me negastes,
    quando mais nela estava confiado.

    Vivia sem receio deste mal;
    Fortuna, que tem tudo a sua mercê,
    amor com desamor me revolveu.

    Bem sei que neste caso nada val,
    que, quem naceu chorando, justo é
    que pague com chorar o que perdeu.


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    Mensaje por Maria Lua Lun Abr 05, 2021 12:24 pm

    Quem vê, Senhora, claro e manifesto


    Quem vê, Senhora, claro e manifesto
    o lindo ser de vossos olhos belos,
    se não perder a vista só em vê-los,
    já não paga o que deve a vosso gesto.

    Este me parecia preço honesto;
    mas eu, por de vantagem merecê-los,
    dei mais a vida e alma por querê-los,
    donde já me não fica mais de resto.

    Assi que a vida e alma e esperança
    e tudo quanto tenho, tudo é vosso,
    e o proveito disso eu só o levo.

    Porque é tamanha bem-aventurança
    o dar-vos quanto tenho e quanto posso,
    que, quanto mais vos pago, mais vos devo.


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    Mensaje por Maria Lua Lun Abr 05, 2021 12:24 pm

    Quem quiser ver d' Amor üa excelência


    Quem quiser ver d' Amor üa excelência
    onde sua fineza mais se apura,
    atente onde me põe minha ventura,
    por ter de minha fé experiência.

    Onde lembranças mata a longa ausência,
    em temeroso mar, em guerra dura,
    ali a saudade está segura,
    quando mor risco corre a paciência.

    Mas ponha-me Fortuna e o duro Fado
    em nojo, morte, dano e perdição,
    ou em sublime e próspera ventura;

    ponha-me, enfim, em baixo ou alto estado;
    que até na dura morte me acharão
    na língua o nome, n'alma a vista pura.


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    Mensaje por Maria Lua Mar Abr 13, 2021 5:49 pm

    Quem pode livre ser, gentil Senhora


    Quem pode livre ser, gentil Senhora,
    vendo-vos com juízo sossegado,
    se o Minino que de olhos é privado
    nas mininas dos vossos olhos mora?

    Ali manda, ali reina, ali namora,
    ali vive das gentes venerado;
    que o vivo lume e o rosto delicado
    imagens são, nas quais o Amor se adora.

    Quem vê que em branca neve nacem rosas
    que fios crespos de ouro vão cercando,
    se por antre esta luz a vista passa,

    raios de ouro verá, que as duvidosas
    almas estão no peito traspassando,
    assi como um cristal o Sol traspassa...


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    Mensaje por Maria Lua Lun Abr 19, 2021 10:13 am

    A chaga que, Senhora, me fizestes



    A chaga que, Senhora, me fizestes,
    não foi pera curar-se em um só dia;
    porque crescendo vai com tal porfia
    que bem descobre o intento que tivestes.

    De causar tanta dor vos não doestes.
    Mas, a doer-vos, dor me não seria,
    pois já com esperança me veria
    do que vós que em mim visse não quisestes.

    Os olhos com que todo me roubastes
    foram causa do mal que vou passando;
    e vós estais fingindo o não causastes.

    Mas eu me vingarei. E sabeis quando?
    Quando vos vir queixar porque deixastes
    ir-se a minha alma neles abrasando.


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    Mensaje por Maria Lua Lun Abr 19, 2021 10:13 am

    A D. Leonis Pereira


    Vós, Ninfas da gangética espessura,
    cantai suavemente, em voz sonora,
    um grande Capitão, que a roxa Aurora
    dos filhos defendeu da noite escura.

    Ajuntou-se a caterva negra e dura,
    que na áurea Quersoneso afouta mora,
    para lançar do caro ninho fora
    aqueles que mais podem que a ventura.

    Mas um forte Leão, com pouca gente,
    a multidão tão fera como nécia
    destruindo castiga e torna fraca.

    Pois, ó Ninfa, cantai; que claramente
    mais do que fez Leónidas em Grécia,
    o nobre Leonis fez em Malaca.


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    Mensaje por Maria Lua Lun Abr 19, 2021 10:13 am

    D. Luís de Ataíde, Viso-Rei


    Que vençais no Oriente tantos reis,
    que de novo nos deis da Índia o estado,
    que escureçais a fama que ganhado
    tinham os que ganharam a infiéis;

    que do tempo tenhais vencido as leis,
    que tudo, enfim, vençais co tempo armado;
    mais é vencer na pátria, desarmado,
    os monstros e as quimeras que venceis.

    E assi, sobre vencerdes tanto imigo,
    e por armas fazer que, sem segundo,
    vosso nome no mundo ouvido seja,

    o que vos dá mais nome inda no mundo
    é vencerdes, Senhor, no Reino amigo,
    tantas ingratidões, tão grande enveja!


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    Mensaje por Maria Lua Miér Abr 21, 2021 1:21 pm



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    Mensaje por Maria Lua Sáb Abr 24, 2021 10:49 am

    Tomou-me vossa vista soberana

    Tomou-me vossa vista soberana
    Aonde tinha as armas mais à mão,
    Por mostrar que quem busca defensão
    Contra esses belos olhos, que se engana.

    Por ficar da vitória mais ufana,
    Deixou-me armar primeiro da razão;
    Cuidei de me salvar, mas foi em vão,
    Que contra o Céu não vale defensa humana.

    Mas porém, se vos tinha prometido
    O vosso alto destino esta vitória,
    Ser-vos tudo bem pouco está sabido.

    Que posto que estivesse apercebido,
    Não levais de vencer-me grande glória;
    Maior a levo eu de ser vencido.


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    Mensaje por Maria Lua Lun Abr 26, 2021 1:01 pm

    A D. Leonis Pereira


    Vós, Ninfas da gangética espessura,
    cantai suavemente, em voz sonora,
    um grande Capitão, que a roxa Aurora
    dos filhos defendeu da noite escura.

    Ajuntou-se a caterva negra e dura,
    que na áurea Quersoneso afouta mora,
    para lançar do caro ninho fora
    aqueles que mais podem que a ventura.

    Mas um forte Leão, com pouca gente,
    a multidão tão fera como nécia
    destruindo castiga e torna fraca.

    Pois, ó Ninfa, cantai; que claramente
    mais do que fez Leónidas em Grécia,
    o nobre Leonis fez em Malaca.




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    Mensaje por Maria Lua Vie Abr 30, 2021 12:12 pm

    A D. Luís de Ataíde, Viso-Rei


    Que vençais no Oriente tantos reis,
    que de novo nos deis da Índia o estado,
    que escureçais a fama que ganhado
    tinham os que ganharam a infiéis;

    que do tempo tenhais vencido as leis,
    que tudo, enfim, vençais co tempo armado;
    mais é vencer na pátria, desarmado,
    os monstros e as quimeras que venceis.

    E assi, sobre vencerdes tanto imigo,
    e por armas fazer que, sem segundo,
    vosso nome no mundo ouvido seja,

    o que vos dá mais nome inda no mundo
    é vencerdes, Senhor, no Reino amigo,
    tantas ingratidões, tão grande enveja!


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    Mensaje por Maria Lua Dom Mayo 02, 2021 8:55 am

    A D. Simão da Silveira


    A D. Simão da Silveira, em resposta de outro seu, pelos mesmos consoantes, mandando-lhe perguntar quem fora
    o primeiro poeta que fizera sonetos

    De um tão felice engenho, produzido
    de outro, que o claro Sol não viu maior,
    é trazer cousas altas no sentido,
    todas dinas de espanto e de louvor.

    Museu foi antiquíssimo escritor,
    filósofo e poeta conhecido,
    discípulo do Músico amador
    que co som teve o Inferno suspendido.

    Este pôde abalar o monte mudo,
    cantando aquele mal, que eu já passei,
    do mancebo de Abido mal sisudo.

    Agora contam já (segundo achei),
    Tasso, e o nosso Boscão, que disse tudo
    dos segredos que move o cego Rei.


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    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
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    Mensaje por Maria Lua Dom Mayo 02, 2021 8:56 am

    A fermosura desta fresca serra


    A fermosura desta fresca serra
    E a sombra dos verdes castanheiros,
    O manso caminhar destes ribeiros,
    Donde toda a tristeza se desterra;

    O rouco som do mar, a estranha terra,
    O esconder do Sol pelos outeiros,
    O recolher dos gados derradeiros,
    Das nuvens pelo ar a branda guerra;

    Enfim, tudo o que a rara natureza
    Com tanta variedade nos of'rece,
    Me está, se não te vejo, magoando.

    Sem ti, tudo me enoja e me aborrece;
    Sem ti, perpetuamente estou passando,
    Nas mores alegrias, mor tristeza.



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    Mensaje por Maria Lua Lun Mayo 03, 2021 11:08 pm

    À morte de D. António de Noronha


    Em flor vos arrancou, de então crescida
    - Ah! Senhor dom António! -, a dura sorte,
    donde fazendo andava o braço forte
    a fama dos Antigos esquecida.

    Üa só razão tenho conhecida
    com que tamanha mágoa se conforte:
    que pois no mundo havia honrada morte,
    que não podíeis ter mais larga a vida.

    Se meus humildes versos podem tanto
    que co desejo meu se iguale a arte,
    especial matéria me sereis.

    E, celebrado em triste e longo canto,
    se morrestes nas mãos do fero Marte,
    na memória das gentes vivereis.




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    Mensaje por Maria Lua Lun Mayo 10, 2021 12:10 pm

    A Morte, que da vida o nó desata


    A Morte, que da vida o nó desata,
    os nós, que dá o Amor, cortar quisera
    na Ausência, que é contra ele espada fera,
    e co Tempo, que tudo desbarata.

    Duas contrárias, que üa a outra mata,
    a Morte contra o Amor ajunta e altera:
    üa é Razão contra a Fortuna austera,
    outra, contra a Razão, Fortuna ingrata.

    Mas mostre a sua imperial potência
    a Morte, em apartar dum corpo a alma.
    Duas num corpo o Amor ajunte e una;

    por que assi leve triunfante a palma
    Amor da Morte, apesar da Ausência,
    do Tempo, da Razão e da Fortuna.



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    Mensaje por Maria Lua Vie Oct 01, 2021 11:27 am

    Amor é um fogo que arde sem se ver


    Amor é um fogo que arde sem se ver,
    É ferida que dói, e não se sente;
    É um contentamento descontente,
    É dor que desatina sem doer.

    É um não querer mais que bem querer;
    É um andar solitário entre a gente;
    É nunca contentar-se de contente;
    É um cuidar que ganha em se perder.

    É querer estar preso por vontade;
    É servir a quem vence, o vencedor;
    É ter com quem nos mata, lealdade.

    Mas como causar pode seu favor
    Nos corações humanos amizade,
    Se tão contrário a si é o mesmo Amor?




    ****************************************


    Amor es fuego que arde...


    Amor es fuego que arde sin verse,
    Es herida que duele y no se siente
    Es un contentamiento descontento,
    Es dolor que lastima sin doler.

    Es un no querer más que bien querer;
    Es caminar solitario entre la gente;
    Es nunca contentarse de contento;
    Es un cuidar que gana en perderse.

    Es querer estar aprisionado por voluntad;
    Es servir a quien vence, el vencedor;
    Es tener con quien nos mata, lealtad.

    ¿Pero cómo causar puede su favor
    En los corazones humanos amistad,
    Si tan contrario a sí mismo es el Amor?





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    Mensaje por Maria Lua Vie Nov 05, 2021 9:28 pm

    Sustenta meu viver üa esperança
    derivada de um bem tão desejado
    que, quando nela estou mais confiado,
    mor dúvida me põe qualquer mudança.

    E quando inda este bem na mor pujança
    de seus gostos me tem mais enlevado,
    me atormenta então ver eu que, alcançado
    será por quem de vós não tem lembrança.

    Assi que nestas redes enlaçado,
    a penas dou a vida, sustentando
    üa nova matéria a meu cuidado;

    suspiros d' alma tristes arrancando,
    dos silvos de üa pedra acompanhado,
    estou matérias tristes lamentando.


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    Mensaje por Maria Lua Dom Nov 07, 2021 7:43 pm

    Yo cantaré de amor tan dulcemente,
    con términos en sí tan concertados
    que dos mil síntomas de amor padezca
    el insensible pecho que no siente.

    Conseguiré que amor conmueva a todos,
    pintando mil secretos delicados,
    lastimeros suspiros, blandas iras,
    temerosa osadía y pena ausente.

    También, Señora, del desprecio honesto
    de vuestro mirar dulce y riguroso
    me contenta decir la menor parte.

    Pero, si he de cantar de vuestro rostro
    la hermosura elevada, milagrosa,
    aquí falta saber, ingenio y arte.


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    Mensaje por Maria Lua Mar Nov 09, 2021 11:03 pm

    Com que voz chorarei meu triste fado


    Com que voz chorarei meu triste fado,
    que em tão dura prisão me sepultou,
    que mor não seja a dor que me deixou
    o tempo, de meu bem desenganado?

    Mas chorar não se estima neste estado,
    onde suspirar nunca aproveitou;
    triste quero viver, pois se mudou
    em tristeza a alegria do passado.

    Assi a vida passo descontente,
    ao som nesta prisão do grilhão duro
    que lastima o pé que o sofre e sente!

    De tanto mal a causa é amor puro,
    devido a quem de mi tenho ausente
    por quem a vida, e bens dela, aventuro.


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    Mensaje por Maria Lua Jue Nov 11, 2021 1:45 am

    Se em mi, ó Alma, vive mais lembrança
    que aquela só da glória de querer-vos,
    eu perca todo o bem que logro em ver-vos,
    e de ver-vos também toda a esperança.

    Veja-se em mi tão rústica esquivança
    que possa indino ser de conhecer-vos;
    e, quando em mor empenho de aprazer-vos,
    vos ofenda, se em mi houver mudança.

    Confirmado estou já nesta certeza;
    examine-me vossa crueldade,
    exprimente-se em mi vossa dureza.

    Conhecei já de mi tanta verdade,
    pois, em penhor e fé desta pureza,
    tributo vos fiz ser o que é vontade.


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    Mensaje por Maria Lua Sáb Nov 27, 2021 12:09 pm

    TEMA DE "OS LUSÍADAS"


    -Historia de Portugal: Relatos de pasajes heroicos de la historia de los portugueses.

    -Luis de Camoes donde relata la admiración por los héroes del pueblo portugués.

    -Mitología, donde frecuentemente hace referencia a las acciones de los héroes de la mitología greco-romana.

    El héroe.
    El héroe de esta epopeya es un héroe colectivo “os lusíadas” (los hijos de los lusos)El rey de los dioses afirma que desde Viriato y Sertorio el destino de los valientes portugueses es realizar hechos gloriosos que hagan olvidar los imperios anteriores.Es una historia sobre las batallas contra los moros y castellanos, y como un pais tan pequeño descubre nuevos mundos.

    Era un orgullo del pueblo portugues como navegantes y capitanes de una pequeña nación hicieran esas extraordinarias hazañas. El viaje principal fue el descubrimiento de la ruta a la India por Vasco de Gama que es usado como la historia central de la obra.


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    Mensaje por Maria Lua Miér Dic 08, 2021 11:56 am

    Al ver vuestra belleza, oh amor mío,
    de mis ojos dulcísimo sustento,
    tan elevado está mi pensamiento
    que conozco ya el cielo en vuestro brío.

    Y tanto de la tierra me desvío
    que nada estimo en vuestro acatamiento,
    y absorto al contemplar vuestro portento
    enmudezco, mi bien, y desvarío.

    Mirándonos, Señora, me confundo,
    pues todo el que contempla vuestro hechizo
    decir no puede vuestras gracias bellas.

    Porque hermosura tanta en vos ve el mundo
    que no le asombra el ver que quien os hizo
    es el autor del cielo y las estrellas.


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    Mensaje por Maria Lua Miér Dic 15, 2021 11:22 am

    Nunca em amor danou o atrevimento;
    Favorece a Fortuna a ousadia;
    Porque sempre a encolhida cobardia
    De pedra serve ao livre pensamento.

    Quem se eleva ao sublime Firmamento,
    A Estrela nele encontra que lhe é guia;
    Que o bem que encerra em si a fantasia,
    São u~as ilusões que leva o vento.

    Abrir-se devem passos à ventura;
    Sem si próprio ninguém será ditoso;
    Os princípios somente a Sorte os move.

    Atrever-se é valor e não loucura;
    Perderá por cobarde o venturoso
    Que vos vê, se os temores não remove.


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    Mensaje por Maria Lua Dom Ene 16, 2022 8:29 pm

    Mote


    Ojos, herido me habéis,
    acabad ya de matarme;
    mas, muerto, volvé a mirarme,
    porque me resuscitéis.


    Voltas


    Pues me disteis tal herida
    con gana de darme muerte,
    el morir me es dulce suerte,
    pues con morir me dais vida.
    Ojos ¿qué os detenéis?
    Acabad ya de matarme;
    mas, muerto, volvé a mirarme,
    porque me resuscitéis.

    La llaga, cierto, ya es mía,
    aunque, ojos, vos no querráis;
    mas si la muerte me dais,
    el morir me es alegría.
    Y así digo que acabéis,
    oh ojos, ya de matarme;
    mas, muerto, volvé a mirarme,
    porque me resuscitéis.


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    Mensaje por Maria Lua Mar Mar 22, 2022 4:58 pm


    El vaso reluciente y cristalino,
    de Ángeles agua clara y olorosa,
    de blanca seda ornado y fresca rosa,
    ligado con cabellos de oro fino,

    bien claro parecía el don divino
    labrado por la mano artificiosa
    de aquella blanca Ninfa, graciosa
    más que el rubio lucero matutino.

    Nel vaso vuestro cuerpo se afigura,
    raxado de los blancos miembros bellos,
    y en el agua vuestra ánima pura.

    La seda es la blancura, y los cabellos
    son las prisiones y la ligadura
    con que mi libertad fue asida dellos.


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    Mensaje por Maria Lua Mar Abr 12, 2022 3:46 pm

    Tal mostra dá de si vossa figura,
    Sibela, clara luz da redondeza,
    que as forças e o poder da Natureza
    com sua claridade mais apura.

    Quem viu üa confiança tão segura,
    tão singular esmalte da beleza,
    que não padeça mais, se ter defesa
    contra vossa gentil vista procura?

    Eu, pois, por escusar essa esquivança,
    a razão sujeitei ao pensamento
    que, rendida, os sentidos lhe entregaram.

    Se vos ofende o meu atrevimento,
    inda podeis tomar nova vingança
    nas relíquias da vida, que escaparam.


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    Mensaje por Maria Lua Mar Abr 19, 2022 11:14 am

    Yo cantaré de amor tan dulcemente,
    con términos en sí tan concertados
    que dos mil síntomas de amor padezca
    el insensible pecho que no siente.

    Conseguiré que amor conmueva a todos,
    pintando mil secretos delicados,
    lastimeros suspiros, blandas iras,
    temerosa osadía y pena ausente.

    También, Señora, del desprecio honesto
    de vuestro mirar dulce y riguroso
    me contenta decir la menor parte.

    Pero, si he de cantar de vuestro rostro
    la hermosura elevada, milagrosa,
    aquí falta saber, ingenio y arte.


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