Se a ninguém tratais com desamor
Se a ninguém tratais com desamor,
antes a todos tendes afeição,
e se a todos mostrais um coração
cheio de mansidão, cheio de amor;
desde hoje me tratai com desfavor,
mostrai-me um ódio esquivo, üa isenção;
poderei acabar de crer então
que somente a mi me dais favor.
Que, se tratais a todos brandamente,
claro é que aquele é só favorecido
a quem mostrais irado o continente.
Mal poderei eu ser de vós querido,
se tendes outro amor na alma presente,
que amor é um, não pode ser partido.
[Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]
» MARIO QUINTANA ( 30/07/1906... 05/05/1994)
» Yalal ad-Din Muhammad Rumi (1207-1273)
» Rabindranath Tagore (1861-1941)
» XI. SONETOS POETAS ESPAÑOLES SIGLO XX (V)
» Julio Agenda 2030 Objetivo 2: Hambre Cero
» LUIS ALBERTO AMBROGGIO (1945-
» ¡NO A LA GUERRA! (Exposición Colectiva)
» POESÍA SOCIAL XVII
» SALVADOR JACINTO POLO DE MEDINA (1603-1676) (MURCIA)