Tomou-me vossa vista soberana
Aonde tinha as armas mais à mão,
Por mostrar que quem busca defensão
Contra esses belos olhos, que se engana.
Por ficar da vitória mais ufana,
Deixou-me armar primeiro da razão;
Cuidei de me salvar, mas foi em vão,
Que contra o Céu não vale defensa humana.
Mas porém, se vos tinha prometido
O vosso alto destino esta vitória,
Ser-vos tudo bem pouco está sabido.
Que posto que estivesse apercebido,
Não levais de vencer-me grande glória;
Maior a levo eu de ser vencido.
Luís de Camões
» SOBRE LA ROSA...
» Ana Blandiana (1942-
» SALVADOR JACINTO POLO DE MEDINA (1603-1676) (MURCIA)
» CLARICE LISPECTOR ( Centenario de nacimiento)
» ADONIS (Ali Ahmad Said) (1930-
» TEN CUIDADO
» se necesitan lideres y mártires?
» Sentir la noche
» POESÍA MÍSTICA Y RELIGIOSA IV (Hay un índice de autores en primera página de Poesía Místico Religiosa I)