por Maria Lua 14.07.20 9:48
Endechas a Bárbara escrava
Aquela cativa
Que me tem cativo,
Porque nela vivo
Já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
Em suaves molhos,
Que pera meus olhos
Fosse mais fermosa.
Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
Mas não de matar.
U~a graça viva,
Que neles lhe mora,
Pera ser senhora
De quem é cativa.
Pretos os cabelos,
Onde o povo vão
Perde opinião
Que os louros são belos.
Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda mansidão,
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas bárbara não.
Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.
Esta é a cativa
Que me tem cativo;
E. pois nela vivo,
É força que viva.
Luís de Camões
Hoy a las 17:17 por Maria Lua
» Aldous Huxley ( 1894 - 1963)
Hoy a las 17:12 por Maria Lua
» Leyendas, mitos y rituales de los pueblos originarios latinoamericanos
Hoy a las 15:16 por Maria Lua
» NO A LA GUERRA 3
Hoy a las 14:25 por Pascual Lopez Sanchez
» Metáfora. Poemas de poetas vivos. 2059, de Raquel Lanseros
Hoy a las 14:17 por Pedro Casas Serra
» POESÍA ÁRABE
Hoy a las 13:59 por Maria Lua
» LITERATURA LIBANESA - POESÍA LIBANESA
Hoy a las 13:55 por Maria Lua
» POEMAS SIDERALES I ( Sol, Luna, Estrellas, Tierra, Naturaleza, Galaxias...)
Hoy a las 13:54 por Maria Lua
» POETAS LATINOAMERICANOS
Hoy a las 13:52 por Maria Lua
» 2022-04-27 AFORISMOS: SOCIEDAD I
Hoy a las 12:53 por cecilia gargantini