por Maria Lua Miér 15 Mar 2023, 08:40
LEMBRANÇA RURAL
CHÃo VERDE e mole. Cheiros de selva. Babas de lodo.
A encosta barrenta aceita o frio, toda nua. Carros de bois,
falas ao vento, braços, foices.
Os passarinhos bebem do céu pingos de chuva.
Casebres caindo, na erma tarde. Nem existem na história do mundo.
Sentam-se à porta as mães descalças.
"f: tão profundo, o campo, que ninguém chega a ver que é triste.
A roupa da noite esconde tudo, quando passa ...
Flores molhadas. última abelha. Nuvens gordas.
Vestidos vermelhos, muito . longe, dançam nas cercas.
Cigarra escondida, ensaiando na sombra rumores de bronze.
Debaixo da ponte, a água suspira, presa ...
Vontade de ficar neste sossego toda a vida:
bom para ver de frente os olhos turvos das palavras,
para andar à toa, falando sozinha,
enquanto as formigas caminham nas árvores ...
» POESÍA ÁRABE
» CORA CORALINA
» POESÍA INUI (Esquimal)
» Yalal ad-Din Muhammad Rumi (1207-1273)
» Khalil Gibran (1883-1931)
» Mahmud Darwish (1941-2008)
» Luis Rogelio Nogueras (17 de noviembre de 1944 – 6 de julio de 1985)
» POESÍA SOCIAL XVIII
» POESÍAS GAÚCHAS