En coordinación con la ASOCIACIÓN CULTURAL FORO AIRES DE LIBERTAD
ENTRAR DESDE AQUÍ
GRUPO METAFORA-EXCLUSIVO PARA SUS MIEMBROS
ENTRAR DESDE AQUÍ
ENTRAR DESDE AQUÍ
REGISTRO Nº 605538 (Madrid - España -28-05-14)
GRUPO METAFORA-EXCLUSIVO PARA SUS MIEMBROS
ENTRAR DESDE AQUÍ
Estadísticas
Nuestros miembros han publicado un total de 1024617 mensajes en 46976 argumentos.
Tenemos 1556 miembros registrados
El último usuario registrado es Mariam Quintero
FOROS Y SUBFOROS DE "AIRES DE LIBERTAD"
FORO ANUNCIOS LIDIA BIERY-anuncios actuales
FORO ERNESTO WURTH- cuentos y temas diversos
FORO "MOR": POETAS FALLECIDOS DE NUESTRO FORO)"-
FORO ROSA BUK- poesía libre y medida
FORO ABIERTO DE POESÍA "MIGUEL HERNANDEZ"
FORO ANTOLOGIAS PERSONALES GALLARDO CHAMBONNET
FORO PINCELES
FORO PASCUAL LOPEZ SANCHEZ- grandes escritores
SUBFORO JUAN JOSE ALCOLEA- honrar a grandes escritores en vida
FORO P. CASAS SERRA- taller de revisión
FORO LILI AIELLO.MARIA LUA- videos y poemas con voz
FORO ERNESTO WURTH- cuentos y temas diversos
FORO "MOR": POETAS FALLECIDOS DE NUESTRO FORO)"-
FORO ROSA BUK- poesía libre y medida
FORO ABIERTO DE POESÍA "MIGUEL HERNANDEZ"
FORO ANTOLOGIAS PERSONALES GALLARDO CHAMBONNET
FORO PINCELES
FORO PASCUAL LOPEZ SANCHEZ- grandes escritores
SUBFORO JUAN JOSE ALCOLEA- honrar a grandes escritores en vida
FORO P. CASAS SERRA- taller de revisión
FORO LILI AIELLO.MARIA LUA- videos y poemas con voz
Comenta a tus compañeros
¿Quién está en línea?
En total hay 188 usuarios en línea: 4 Registrados, 0 Ocultos y 184 Invitados :: 2 Motores de búsqueda
Amalia Lateano, kin mejia ospina, Maria Lua, Simon Abadia
El record de usuarios en línea fue de 819 durante el Lun 04 Dic 2023, 15:55
Temas similares
Últimos temas
Diciembre 2023
Lun | Mar | Miér | Jue | Vie | Sáb | Dom |
---|---|---|---|---|---|---|
1 | 2 | 3 | ||||
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |
11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 |
18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 |
25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 | 31 |
Conectarse
Comenta a tus compañeros
+5
Pedro Casas Serra
Andrea Diaz
Carmen Parra
helena
Juan Martín
9 participantes
CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°241
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°242
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
CANCIÓN
En el desequilibrio de los mares,
las proas giran solitarias…
En una de las naves que se hundieron
es que ciertamente vos venías.
Yo te esperé todos los siglos
sin desesperación y sin disgusto,
y morí de infinitas muertes
guardando siempre el mismo rostro.
Cuando las olas te llevaron
mis ojos, entre aguas y arenas,
cegaron como los de las estatuas
a todo lo que les es ajenas.
En el desequilibrio de los mares,
las proas giran solitarias…
En una de las naves que se hundieron
es que ciertamente vos venías.
Yo te esperé todos los siglos
sin desesperación y sin disgusto,
y morí de infinitas muertes
guardando siempre el mismo rostro.
Cuando las olas te llevaron
mis ojos, entre aguas y arenas,
cegaron como los de las estatuas
a todo lo que les es ajenas.
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°243
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Cenário
Passei por essas plácidas colinas
e vi das nuvens, silencioso, o gado
pascer nas solidões esmeraldinas.
Largos rios de corpo sossegado
dormiam sobre a tarde, imensamente,
— e eram sonhos sem fim, de cada lado.
Entre nuvens, colinas e torrente,
uma angústia de amor estremecia
a deserta amplidão na minha frente.
Que vento, que cavalo, que bravia
saudade me arrastava a esse deserto,
me obrigava a adorar o que sofria?
Passei por entre as grotas negras, perto
dos arroios fanados, do cascalho
cujo ouro já foi todo descoberto.
As mesmas salas deram-me agasalho
onde a face brilhou de homens antigos,
iluminada por aflito orvalho.
De coração votado a iguais perigos
vivendo as mesmas dores e esperanças,
a voz ouvi de amigos e inimigos
Vencendo o tempo, fértil em mudanças,
conversei com doçura as mesmas fontes,
e vi serem comuns nossas lembranças.
Da brenha tenebrosa aos curvos montes,
do quebrado almocafre aos anjos de ouro
que o céu sustêm nos longos horizontes,
tudo me fala e entende do tesouro
arrancado a estas Minas enganosas,
com sangue sobre a espada, a cruz e o louro.
Tudo me fala e entendo: escuto as rosas
e os girassóis destes jardins, que um dia
foram terras e areias dolorosas,
por onde o passo da ambição rugia;
por onde se arrastava, esquartejado,
o mártir sem direito de agonia.
Escuto os alicerces que o passado
tingiu de incêndio: a voz dessas ruínas
de muros de ouro em fogo evaporado.
Altas capelas cantam-me divinas
fábulas. Torres, santos e cruzeiros
apontam-me altitudes e neblinas.
Ó pontes sobre os córregos! ó vasta
desolação de ermas, estéreis serras
que o sol frequenta e a ventania gasta!
Armado pó que finge eternidade,
lavra imagens de santos e profetas
cuja voz silenciosa nos persuade.
E recompunha as coisas incompletas:
figuras inocentes, vis, atrozes,
vigários, coronéis, ministros, poetas.
Retrocedem os tempos tão velozes
que ultramarinos árcades pastores
falam de Ninfas e Metamorfoses.
E percebo os suspiros dos amores
quando por esses prados florescentes
se ergueram duros punhos agressores.
Aqui tiniram ferros de correntes;
pisaram por ali tristes cavalos.
E enamorados olhos refulgentes
— parado o coração por escutá-los
prantearam nesse pânico de auroras
densas de brumas e gementes galos.
Isabéis, Dorotéias, Heliodoras,
ao longo desses vales, desses rios,
viram as suas mais douradas horas
em vasto furacão de desvarios
vacilar como em caules de altas velas
cálida luz de trêmulos pavios.
Minha sorte se inclina junto àquelas
vagas sombras da triste madrugada,
fluidos perfis de donas e donzelas.
Tudo em redor é tanta coisa e é nada:
Nise, Anarda, Marília… — quem procuro?
Quem responde a essa póstuma chamada?
Que mensageiro chega, humilde e obscuro?
Que cartas se abrem? Quem reza ou pragueja?
Quem foge? Entre que sombras me aventuro?
Quem soube cada santo em cada igreja?
A memória é também pálida e morta
sobre a qual nosso amor saudoso adeja.
O passado não abre a sua porta
e não pode entender a nossa pena.
Mas, nos campos sem fim que o sonho corta,
vejo uma forma no ar subir serena:
vaga forma, do tempo desprendida.
É a mão do Alferes, que de longe acena.
Eloquência da simples despedida:
“Adeus! que trabalhar vou para todos!…”
(Esse adeus estremece a minha vida.)
Passei por essas plácidas colinas
e vi das nuvens, silencioso, o gado
pascer nas solidões esmeraldinas.
Largos rios de corpo sossegado
dormiam sobre a tarde, imensamente,
— e eram sonhos sem fim, de cada lado.
Entre nuvens, colinas e torrente,
uma angústia de amor estremecia
a deserta amplidão na minha frente.
Que vento, que cavalo, que bravia
saudade me arrastava a esse deserto,
me obrigava a adorar o que sofria?
Passei por entre as grotas negras, perto
dos arroios fanados, do cascalho
cujo ouro já foi todo descoberto.
As mesmas salas deram-me agasalho
onde a face brilhou de homens antigos,
iluminada por aflito orvalho.
De coração votado a iguais perigos
vivendo as mesmas dores e esperanças,
a voz ouvi de amigos e inimigos
Vencendo o tempo, fértil em mudanças,
conversei com doçura as mesmas fontes,
e vi serem comuns nossas lembranças.
Da brenha tenebrosa aos curvos montes,
do quebrado almocafre aos anjos de ouro
que o céu sustêm nos longos horizontes,
tudo me fala e entende do tesouro
arrancado a estas Minas enganosas,
com sangue sobre a espada, a cruz e o louro.
Tudo me fala e entendo: escuto as rosas
e os girassóis destes jardins, que um dia
foram terras e areias dolorosas,
por onde o passo da ambição rugia;
por onde se arrastava, esquartejado,
o mártir sem direito de agonia.
Escuto os alicerces que o passado
tingiu de incêndio: a voz dessas ruínas
de muros de ouro em fogo evaporado.
Altas capelas cantam-me divinas
fábulas. Torres, santos e cruzeiros
apontam-me altitudes e neblinas.
Ó pontes sobre os córregos! ó vasta
desolação de ermas, estéreis serras
que o sol frequenta e a ventania gasta!
Armado pó que finge eternidade,
lavra imagens de santos e profetas
cuja voz silenciosa nos persuade.
E recompunha as coisas incompletas:
figuras inocentes, vis, atrozes,
vigários, coronéis, ministros, poetas.
Retrocedem os tempos tão velozes
que ultramarinos árcades pastores
falam de Ninfas e Metamorfoses.
E percebo os suspiros dos amores
quando por esses prados florescentes
se ergueram duros punhos agressores.
Aqui tiniram ferros de correntes;
pisaram por ali tristes cavalos.
E enamorados olhos refulgentes
— parado o coração por escutá-los
prantearam nesse pânico de auroras
densas de brumas e gementes galos.
Isabéis, Dorotéias, Heliodoras,
ao longo desses vales, desses rios,
viram as suas mais douradas horas
em vasto furacão de desvarios
vacilar como em caules de altas velas
cálida luz de trêmulos pavios.
Minha sorte se inclina junto àquelas
vagas sombras da triste madrugada,
fluidos perfis de donas e donzelas.
Tudo em redor é tanta coisa e é nada:
Nise, Anarda, Marília… — quem procuro?
Quem responde a essa póstuma chamada?
Que mensageiro chega, humilde e obscuro?
Que cartas se abrem? Quem reza ou pragueja?
Quem foge? Entre que sombras me aventuro?
Quem soube cada santo em cada igreja?
A memória é também pálida e morta
sobre a qual nosso amor saudoso adeja.
O passado não abre a sua porta
e não pode entender a nossa pena.
Mas, nos campos sem fim que o sonho corta,
vejo uma forma no ar subir serena:
vaga forma, do tempo desprendida.
É a mão do Alferes, que de longe acena.
Eloquência da simples despedida:
“Adeus! que trabalhar vou para todos!…”
(Esse adeus estremece a minha vida.)
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°244
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°245
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Murmúrio
Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo - esperança!
- Vê que nem sequer sonho - amor!
Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo - esperança!
- Vê que nem sequer sonho - amor!
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°246
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
O vento do mês de Agosto
leva as folhas pelo chão;
só não toca no teu rosto
que está no meu coração.
***
El viento del mes de Agosto
tira las hojas al suelo;
sólo no toca tu rostro
poque está en mi corazón.
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°247
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Timidez
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve…
– mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes…
– palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
– que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando…
e um dia me acabarei.
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°248
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°249
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°250
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
SE ESTIVE NO MUNDO
ou fora do mundo. . .?
Mas que lhe respondo,
se o Arcanjo pergunta,
num tempo profundo ?
No mundo passava:
porém muito longe.
Por sonhos e amores
me desintegrava.
O mundo não via :
minha permanência
foi, por toda parte,
fantasmagoria.
Dava, mas não tinha.
E, nessa abundância,
nada me ficava :
nem sei se fui minha.
Se estive no mundo
ou fora do mundo ?
— Assim me apresento,
se o Arcanjo pergunta
meu nome profundo.
***************
SI ESTUVE EN EL MUNDO
O fuera del mundo. . ¿Por qué?
Pero que le respondo,
Si el Arcángel pregunta,
En un tiempo profundo?
En el mundo pasaba:
Pero muy lejos.
Por sueños y amores
Me desintegraba.
El mundo no veía:
Mi permanencia
Fue, por todas partes,
Fantasmagórica.
Daba, pero no tenía.
Y en esa abundancia,
Nada me quedaba:
No sé si fui mía.
Si estuviera en el mundo
o fuera del mundo?
- Así me presento,
Si el Arcángel pregunta
Mi nombre profundo.
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°251
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°252
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
MURMÚRIO
Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo - esperança!
- Vê que nem sequer sonho - amor!
Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo - esperança!
- Vê que nem sequer sonho - amor!
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°253
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Sou entre flor e nuvem,
estrela e mar.
Por que havemos de ser unicamente humanos,
limitados em chorar?
Não encontro caminhos
fáceis de andar.
Meu rosto vário desorienta as firmes pedras
que não sabem de água e de ar.
E por isso levito.
É bom deixar
um pouco de ternura e encanto indiferente
de herança, em cada lugar.
Rastro de flor e de estrela,
nuvem e mar.
Meu destino é mais longe e meu passo mais rápido:
a sombra é que vai devagar.
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°254
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Fio
No fio da respiração,
rola a minha vida monótona,
rola o peso do meu coração.
Tu não vês o jogo perdendo-se
como as palavras de uma canção.
Passas longe, entre nuvens rápidas,
com tantas estrelas na mão...
— Para que serve o fio trêmulo
em que rola o meu coração?
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°255
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Lua Adversa
Tenho fases, como a Lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a Lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°256
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
SERENATA
Uma voz cantava ao longe
entre o luar e as pedras.
E nos palácios fechados,
entregues às sentinelas,
— exaustas de tantas mortes,
de tantas guerras! —
estremeciam os sonhos
no coração das donzelas.
Ah! que estranha serenata,
eco de invisíveis festas!
A quem se dirigiam
palavras de amor tão belas,
tão ditosas
(de que divinos poetas?),
como as que andavam lá fora,
pelas ruas e vielas,
— diáfanas, à lua,
— graves, nas pedras...?
**************
SERENATA
Una voz cantaba a lo lejos
Entre la luna y las piedras.
En los palacios cerrados,
Entregado a los centinelas,
- exasustados de tantas muertes,
De tantas guerras! - La mayoría de las veces,
Se estremecían los sueños
En el corazón de las doncellas.
¡Ah! Que es extraña serenata,
Eco de invisibles fiestas!
A quién se dirigían
Las palabras de amor tan bellas,
Tan dichosos
(De qué divinos poetas?),
Como las que andaban allá afuera,
Por las calles y callejones,
- diáfanas, a la luna,
- graves, en las piedras ...?
Uma voz cantava ao longe
entre o luar e as pedras.
E nos palácios fechados,
entregues às sentinelas,
— exaustas de tantas mortes,
de tantas guerras! —
estremeciam os sonhos
no coração das donzelas.
Ah! que estranha serenata,
eco de invisíveis festas!
A quem se dirigiam
palavras de amor tão belas,
tão ditosas
(de que divinos poetas?),
como as que andavam lá fora,
pelas ruas e vielas,
— diáfanas, à lua,
— graves, nas pedras...?
**************
SERENATA
Una voz cantaba a lo lejos
Entre la luna y las piedras.
En los palacios cerrados,
Entregado a los centinelas,
- exasustados de tantas muertes,
De tantas guerras! - La mayoría de las veces,
Se estremecían los sueños
En el corazón de las doncellas.
¡Ah! Que es extraña serenata,
Eco de invisibles fiestas!
A quién se dirigían
Las palabras de amor tan bellas,
Tan dichosos
(De qué divinos poetas?),
Como las que andaban allá afuera,
Por las calles y callejones,
- diáfanas, a la luna,
- graves, en las piedras ...?
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°257
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
[Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]
Não cantes, não cantes, porque vêm de longe os náufragos
vêm os presos, os tortos, os monges, os oradores, os suicidas.
Vêm as portas, de novo, e o frio das pedras, das escadas,
e, numa roupa preta, aquelas duas mãos antigas.
E uma vela de móvel chama fumosa. E os livros. E os escritos.
Não cantes. A praça cheia torna-se escura e subterrânea.
E meu nome se escuta a si mesmo, triste e falso.
Não cantes, não. Porque era a música da tua
voz que se ouvia. Sou morta recente, ainda com lágrimas.
E deixei nos meus pés ficar o sol e andarem moscas.
E dos meus dentes escorrer uma lenta saliva.
Não cantes, pois trancei o meu cabelo, agora,
e estou diante do espelho, e sei melhor que ando fugida.
*******************
No cantes, no cantes, porque vienen de lejos los náufragos,
vienen los presos, los tuertos, los monjes, los oradores,
los suicidas.
Vienen las puertas, de nuevo, y el frío de las piedras,
de las escalinatas,
y, con un ropaje negro, aquellas dos manos antiguas.
Y una vela de móvil llama humeante. Y los libros. Y
las escrituras.
No cantes, no. Porque era la música de tu
voz lo que se oía. Soy una muerta reciente, aún
con lágrimas.
Alguien escupió distraídamente sobre mis pestañas.
Por eso vi que ya era tarde.
Y dejé en mis pies quedarse el sol y andar las moscas.
Y de mis dientes se escurrió una lenta saliva.
No cantes, pues trencé mis cabellos, ahora,
y estoy ante el espejo, y sé bien que ando en fuga.
vienen los presos, los tuertos, los monjes, los oradores,
los suicidas.
Vienen las puertas, de nuevo, y el frío de las piedras,
de las escalinatas,
y, con un ropaje negro, aquellas dos manos antiguas.
Y una vela de móvil llama humeante. Y los libros. Y
las escrituras.
No cantes, no. Porque era la música de tu
voz lo que se oía. Soy una muerta reciente, aún
con lágrimas.
Alguien escupió distraídamente sobre mis pestañas.
Por eso vi que ya era tarde.
Y dejé en mis pies quedarse el sol y andar las moscas.
Y de mis dientes se escurrió una lenta saliva.
No cantes, pues trencé mis cabellos, ahora,
y estoy ante el espejo, y sé bien que ando en fuga.
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°258
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Canción
En el desequilibrio de los mares,
las proas giran solitarias…
En una de las naves que se hundieron
es que ciertamente vos venías.
las proas giran solitarias…
En una de las naves que se hundieron
es que ciertamente vos venías.
Yo te esperé todos los siglos
sin desesperación y sin disgusto,
y morí de infinitas muertes
guardando siempre el mismo rostro.
sin desesperación y sin disgusto,
y morí de infinitas muertes
guardando siempre el mismo rostro.
Cuando las olas te llevaron
mis ojos, entre aguas y arenas,
cegaron como los de las estatuas
a todo lo que les es ajenas.
mis ojos, entre aguas y arenas,
cegaron como los de las estatuas
a todo lo que les es ajenas.
Mis manos se detuvieron en el aire,
se endurecieron, con el viento,
perdieron el color que tenían,
y el recuerdo del movimiento.
se endurecieron, con el viento,
perdieron el color que tenían,
y el recuerdo del movimiento.
Y la sonrisa que yo te llevaba,
se desprendió y cayó de mí:
solo tal vez ella aún viva
dentro de estas aguas sin fin.
solo tal vez ella aún viva
dentro de estas aguas sin fin.
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°259
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Cecilia Meireles
(1901-1964)
(1901-1964)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Considerada como la gran poetisa de la lengua portuguesa. Junto a Bandeira ha de figurar ya que ellos, con Drummond de Andrade, formaron la vanguardia del modernismo en la poesía brasileña. Su poesía, además de una notable labor cultural, la ha hecho acreedora a la fama por su técnica y por su riqueza formal y humana. Con Viagem obtuvo el Premio de Poesía de la Academia Brasileña, en 1835. Afirmó, su manera poética con Mar absoluto (1944) y, principalmente, con Retrato Natural (1949), que consagró su genialidad. Su extensa Elegía (1933-1937), dedicada a la memoria de un ser querido con el tema de un nocturno funerario, tiene fuerzas de sana interpretación, de vital optimismo y de clara luminosidad. Es bella evocación de la alegría que nos rodea y con la que nos obsequian los sentidos. La tristeza se halla en que la abuela no podrá disfrutarla y en captar la idea de la muerte. Como su mejor obra poética se cita Elegía de Gandhi, traducida a numerosos idiomas.
POESIA
Estirpe"Los mendigos mayores no dicen nada, no hacen nada.Saben que es inútil y exhaustivo. Se dejan estar. Se dejan estar.Déjanse estar al sol o a la lluvia, con el mismo aire de entero valor,lejos del cuerpo que dejan en cualquier lugar.Entretiénense en extender la vida por el pensamiento.Si alguien habla, su voz huye como un pájaro que cae.Y es de tal modo imprevista, innecesaria y sorprendenteque para oírla bien tal vez giman algún ay.¡Oh, no gemían, no!... Los mendigos mayores son todos estoicos.Pondrán su miseria junto a los jardines del mundo felizpero no quieren que, desde el otro lado, sepan de la extraña suerteque los recorre como un río un país.Los mendigos mayores viven fuera de la vida: se excluyeron.Abren sueños y silencios y desnudos espacios a su alrededor.Tienen su reino vacío, de altas estrellas que no cobijan.Su mirar jamás mira y su boca no llama ni ríe.Y su cuerpo no sufre ni goza. Y su mano no toma ni pide.Y su corazón es una cosa que, si existiera, súbito olvidaría.¡Ah!, los mendigos mayores son un pueblo que se va convirtiendo en piedra.Ese pueblo, que es el mío. "
Reinvención"La vida sólo es posiblereinventada.Va el sol por los camposy pasea su dorada manopor las aguas, por las hojas...¡Ah, todo burbujasque brotan de hondas piscinasde ilusión... - nada jamás.¡Ah!, todo burbujasPero la vida, la vida, la vida,la vida sólo es posiblereinventada.Viene la luna, viene, retiralas cadenas de mis brazos.Me proyecto por espaciosllenos de tu figura.Sola, equilibrada en el tiempo,me desprendo del vaivénque más allá del tiempo me lleva.Sola, en la tinieblapermanezco: recibida y dada.Porque la vida, la vida, la vida,la vida sólo es posiblereinventada. "
Cantaran los gallos"Cantarán los gallos, cuando muramos,y una brisa leve, de manos delicadas,rozará los bordes, las sedasmortuorias.Y el sonido de la noche irá transpirandosobre los claros vidrios.Y los grillos a lo lejos truncarán los silencios,los tallos de cristal, fríos, largos yermos,y el enorme aroma de los árboles.¡Ah, qué dulce luna verá nuestra calmafaz todavía más calma que su gran espejode plata!¡Qué frescura espesa en nuestros cabellos,libres como los campos de madrugada!En la niebla de la aurorala última estrellaasciende pálida.¡Qué gran sosiego, sin hablas humanas,sin el labio de los rostros del lobo,sin odio, sin amor, sin nada!Como oscuros profetas perdidos,conversarán apenas los perros en las campiñas.Fuertes preguntas. Vastas pausas.Estaremos en la muertecon aquel suave contornode una concha dentro del agua. "
El poeta
"No se si las actuales condiciones del mundo permiten el equilibrio de forma y expresión, porque serían raros los poetas en tal estado de vivencia puramente poética, libres del aturdimiento del tiempo, que logren hacer del grito música, esto es, que creen poesía como se forman los cristales. Pero creo que todos padecen, si son poetas. Porque al final se siente que el grito es grito y la poesía ya es el grito (con toda su fuerza), pero transfigurado."
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°260
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
MAHATMA GANDHI
[Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]
Nas grandes paredes solenes, olhando,
o Mahatma.
Longe no bosque, adorado entre incensos,
o Mahatma.
Nas escolas, entre os meninos que brincam,
o Mahatma.
Em frente do céu, coberto de flores,
o Mahatma.
Na vaca, na praia, no sal, na oração,
o Mahatma.
De alto a baixo, de mar a mar, em mil idiomas,
o Mahatma.
Construtor de esperança, mestre da liberdade,
o Mahatma.
Noite e dia, nos poços, nos campos, no sol e na lua,
o Mahatma.
No trabalho, no sonho, falando lúcido,
o Mahatma.
De dentro da morte falando vivo,
o Mahatma.
Na bandeira aberta a um vento de música,
o Mahatma.
Cidades e aldeias escutam atentas:
é o Mahatma.
Cecília Meireles,
in Poemas escritos na Índia
Nas grandes paredes solenes, olhando,
o Mahatma.
Longe no bosque, adorado entre incensos,
o Mahatma.
Nas escolas, entre os meninos que brincam,
o Mahatma.
Em frente do céu, coberto de flores,
o Mahatma.
Na vaca, na praia, no sal, na oração,
o Mahatma.
De alto a baixo, de mar a mar, em mil idiomas,
o Mahatma.
Construtor de esperança, mestre da liberdade,
o Mahatma.
Noite e dia, nos poços, nos campos, no sol e na lua,
o Mahatma.
No trabalho, no sonho, falando lúcido,
o Mahatma.
De dentro da morte falando vivo,
o Mahatma.
Na bandeira aberta a um vento de música,
o Mahatma.
Cidades e aldeias escutam atentas:
é o Mahatma.
Cecília Meireles,
in Poemas escritos na Índia
Mahatma Gandhi
En las inmensas, solemnes paredes observando,
el Mahatma.
Extendido en el bosque, adorado entre inciensos,
el Mahatma.
En las escuelas, entre los niños que juegan,
el Mahatma.
En frente del cielo, cubierto de flores,
el Mahatma.
En la vaca, en la playa, en la sal, en la oración,
el Mahatma.
De mar a mar, en mil idiomas, alto y bajo,
el Mahatma.
Constructor de esperanza, maestro de la libertad,
el Mahatma.
Noche y día, en pozos, en campos, entre el sol y la luna,
el Mahatma.
En el trabajo, en el sueño, lúcidamente hablando,
el Mahatma.
Vivo hablando dentro de la muerte,
el Mahatma.
En la bandera abierta al viento musical,
el Mahatma.
Ciudades y aldeas escuchan atentas:
es el Mahatma.
–
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°261
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Pobreza
Não DESCERA de coluna ou pórtico,
apesar de tão velho;
nem era de pedra,
assim áspero de rugas;
nem de ferro,
embora tão negro.
Não era uma escultura,
ainda que tão nítido,
seco,
modelado em fundas pregas de pó.
Não era inventado, sonhado,
mas vivo, existente,
imóvel testemunha
Sua voz quase imperceptível
parecia cantar – parecia rezar
e apenas suplicava.
E tinha o mundo em seus olhos de opala.
Ninguém lhe dava nada.
Não o viam? Não podiam?
Passavam. Passávamos.
Ele estava de mãos postas
e, ao pedir, abençoava.
Era um homem tão antigo
que parecia imortal.
Tão pobre
que parecia divino.
Cecília Meireles, Poemas Escritos na Índia, in Obra Poética - Volume Único, Editora Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1987
Não DESCERA de coluna ou pórtico,
apesar de tão velho;
nem era de pedra,
assim áspero de rugas;
nem de ferro,
embora tão negro.
Não era uma escultura,
ainda que tão nítido,
seco,
modelado em fundas pregas de pó.
Não era inventado, sonhado,
mas vivo, existente,
imóvel testemunha
Sua voz quase imperceptível
parecia cantar – parecia rezar
e apenas suplicava.
E tinha o mundo em seus olhos de opala.
Ninguém lhe dava nada.
Não o viam? Não podiam?
Passavam. Passávamos.
Ele estava de mãos postas
e, ao pedir, abençoava.
Era um homem tão antigo
que parecia imortal.
Tão pobre
que parecia divino.
Cecília Meireles, Poemas Escritos na Índia, in Obra Poética - Volume Único, Editora Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1987
Pobreza
No descendía de columna o pórtico,
a pesar de tan viejo,
ni era de piedra,
áspero de arrugas;
ni de hierro,
aunque tan negro.
No era una escultura,
todavía que tan nítido,
seco,
moldeado en arrugas fundidas de polvo.
No era inventado, soñado,
acaso vivo, existente,
inmóvil testigo.
Casi imperceptible su voz
parecía cantar – parecía rezar
y suplicaba apenas.
El mundo tenía en sus ojos de ópalo.
Nadie le daba nada.
¿No veían? ¿No podían?
Pasaban. Pasábamos.
Las manos tenía unidas y al pedir,
bendecía.
Era un hombre tan antiguo
que parecía inmortal.
Tan pobre
que parecía divino.
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°262
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Lei do Passante
Passante, quase enamorado,
nem livre nem prisioneiro
constantemente arrebatado,
-- fiel? saudoso? amante? alheio? --
a escutar o chamado,
o apelo do mundo inteiro,
nos contrastes de cada lado...
Chega?
Passante quase enamorado,
já divinamente afeito
a amar se ter de ser amado,
porque o tempo é traiçoeiro
e tudo lhe é tirado
repentinamente do peito,
malgrado seu querer, malgrado...
Passa?
Passante quase enamorado,
pelos campos do inverdadeiro,
onde o futuro é já passado...
-- Lúcido, calmo, satisfeito,
-- fiel? saudoso? amante? alheio? –
só de horizontes convidado...
Volta?
Cecília Meireles, Poemas Escritos na Índia, in Obra Poética - Volume Único, Editora Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1987
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°263
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Poeira
Por mais que sacuda os cabelos,
por mais que sacuda os vestidos,
a poeira dos caminhos jaz em mim.
A poeira dos mendigos, em cinza e trapos,
dos jardins mortos de sede,
dos bazares tristes, com a seda a murchar ao sol,
a poeira dos mármores foscos,
dos zimbórios tombados,
dos muros despidos de ornatos,
saqueados num tempo vil.
A poeira dos mansos búfalos em redor das cabanas,
das rodas dos carros, em ruas tumultuosas,
do fundo dos rios extintos,
de dentro dos poços vazios,
das salas desabitadas, de espelhos baços,
a poeira das janelas despedaçadas,
das varandas em ruína,
dos quintais onde os meninozinhos
brincam nus entre redondas mangueiras.
A poeira das asas dos corvos
nutridos de poeira dos mortos,
entre a poeira do céu e da terra.
Corvos nutridos da poeira do mundo.
De poeira da poeira.
Cecília Meireles, Poemas Escritos na Índia, in Obra Poética - Volume Único, Editora Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1987
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°264
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°265
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Estirpe
Os mendigos maiores não dizem mais, nem fazem nada.
Sabem que é inútil e exaustivo. Deixam-se estar. Deixam-se estar.
Deixam-se estar ao sol e à chuva, com o mesmo ar de completa coragem,
longe do corpo que fica em qualquer lugar.
Entretêm-se a estender a vida pelo pensamento.
Se alguém falar, sua voz foge como um pássaro que cai.
E é de tal modo imprevista, desnecessária e surpreendente
que, para a ouvirem bem, talvez gemessem algum ai.
Oh! não gemiam, não... Os mendigos maiores são todos estóicos.
Puseram sua miséria junto aos jardins do mundo feliz
mas não querem que, do outro lado, tenham notícia da estranha sorte
que anda por eles como um rio num país.
Os mendigos maiores vivem fora da vida: fizeram-se excluídos.
Abriram sonos e silencios e espaços nus, em redor de si.
Tem seu reino vazio, de altas estrelas que não cobiçam.
Seu olhar não olha mais, e sua boca não chama nem ri.
E seu corpo não sofre nem goza. E sua mão não toma nem pede.
E seu coração é uma coisa que, se existiu, já esqueceu.
Ah! os mendigos são um povo que se vai convertendo em pedra
Esse povo é que é o meu.
(Em: [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo] Ed. José Aguilar 1958)
*************************
Estirpe
“Los mendigos mayores no dicen nada, no hacen nada.
Saben que es inútil y exhaustivo. Se dejan estar. Se dejan estar.
Déjanse estar al sol o a la lluvia, con el mismo aire de entero valor,
lejos del cuerpo que dejan en cualquier lugar.
Entretiénense en extender la vida por el pensamiento.
Si alguien habla, su voz huye como un pájaro que cae.
Y es de tal modo imprevista, innecesaria y sorprendente
que para oírla bien tal vez giman algún ay.
¡Oh, no gemían, no!... Los mendigos mayores son todos estoicos.
Pondrán su miseria junto a los jardines del mundo feliz
pero no quieren que, desde el otro lado, sepan de la extraña suerte
que los recorre como un río un país.
Los mendigos mayores viven fuera de la vida: se excluyeron.
Abren sueños y silencios y desnudos espacios a su alrededor.
Tienen su reino vacío, de altas estrellas que no cobijan.
Su mirar jamás mira y su boca no llama ni ríe.
Y su cuerpo no sufre ni goza. Y su mano no toma ni pide.
Y su corazón es una cosa que, si existiera, súbito olvidaría.
¡Ah!, los mendigos mayores son un pueblo que se va convirtiendo en piedra.
Ese pueblo, que es el mío.”
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°266
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Declaração de amor em tempos de guerra
Senhora, eu vos amarei numa alcova de seda,
entre mármores claros e altos ramos de rosas,
e cantarei por vós árias serenas
com luar e barcas, em finas águas melodiosas.
(Na minha terra, os homens, Senhora,
andavam nos campos, agora.)
Para ver vossos olhos, acenderei as velas
que tornam suaves as pestanas e os diamantes.
Caminharão pelos meus dedos vossas pérolas,
— por minha alma, as areias destes límpidos instantes.
(Na minha terra, os homens, Senhora,
começam a sofrer, agora.)
Estaremos tão sós, entre as compactas cortinas,
e tão graves serão nossos profundos espelhos
que poderei deixar as minhas lágrimas tranquilas
pelas colinas de cristal de vossos joelhos.
(Na minha terra, os homens, Senhora,
estão sendo mortos, agora.)
Vós sois o meu cipreste, e a janela e a coluna
e a estátua que ficar, — com seu vestido de hera;
o pássaro a que um romano faz a última pergunta,
e a flor que vem na mão ressuscitada da primavera.
(Na minha terra, os homens, Senhora,
apodrecem no campo, agora...)
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°267
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
"Nós e as sombras"
E em redor da mesa, nós, viventes,
comíamos e falávamos, naquela noite estrangeira,
e em nossas sombras pelas paredes
moviam-se, aconchegadas como nós,
e gesticulavam, sem voz.
Éramos duplos, éramos tríplices, éramos trêmulos,
à luz dos bicos de acetilene,
pelas paredes seculares, densas, frias,
e vagamente monumentais.
Mais do que as sombras éramos irreais.
Sabíamos que a noite era um jardim de neve e lobos.
E gostávamos de estar vivos, entre vinhos e brasas,
muito longe do mundo,
de todas as presenças vãs
envoltos em ternura e lãs.
Até hoje pergunto pelo singular destino
das sombras que se moveram juntas, pelas mesmas paredes…
Oh!, as sem saudades, sem pedidos, sem respostas…
Tão fluidas! Enlaçando-se e perdendo-se pelo ar…
Sem olhos para chorar…
[Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]
************************
Nosotros y las sombras
Y alrededor de la mesa, nosotros los vivientes,
comíamos y hablábamos, en aquella noche extranjera,
y nuestras sombras por las paredes
se movían acompañadas como nosotros,
y gesticulaban, sin voz.
Eramos dobles, éramos triples, éramos trémulos,
a la luz de los mecheros de acetileno,
por las paredes seculares, densas y frías,
y vagamente prodigiosas.
Más que las sombras éramos irreales.
Sabíamos que la noche era un jardín de lobos y de nieve.
Y nos gustaba estar vivos, entre vinos y brasas,
muy lejos del mundo,
de toda presencia vana
envueltos en mantas y ternura.
Hoy todavía me pregunto por el singular destino
de las sombras que se movieron juntas, por las mismas paredes.
¡Oh!, las sin melancolías, sin peticiones, sin respuestas...
¡Tan evasivas!, enlazándose y perdiéndose por el aire.
Son ojos para llorar...
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°268
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
De longe te hei de amar
- da tranqüila distância
em que o amor é saudade
e o desejo, constância.
Do divino lugar
onde o bem da existência
é ser eternidade
e parecer ausência.
Quem precisa explicar
o momento e a fragrância
da Rosa, que persuade
sem nenhuma arrogância?
E, no fundo do mar,
a Estrela, sem violência,
cumpre a sua verdade,
alheia à transparência.
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°269
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
Do mar ao céu azul para onde sobem
Do mar ao céu azul para onde sobem
de azul a azul, estas escadas
pássaros antigos caídos
com suas asas encarnadas
ainda abertas, ainda estendidas,
em si mesmas desmoronadas...
Ó castelos de cavaleiros,
sangue e poeira das Cruzadas.
O mar e o céu nas aberturas
destas paredes arrombadas.
Os rostos, não, nem grito ou lança.
Mas, entre o azul e o azul, escadas.
Setembro, 1962
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Maria Lua- Administrador-Moderador
- Cantidad de envíos : 65054
Fecha de inscripción : 12/04/2009
Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil
- Mensaje n°270
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
CONVITE
Fechai os olhos, donzelas,
sobre a estranha serenata!
Não é por vós que suspira,
enamorada...
Fala com Dona Pobreza,
o homem que na noite passa.
Por ela se transfigura,
— que é a sua Amada!
Por ela esquece o que tinha:
prestígio, família, casa...
Fechai os olhos, donzelas!
(Mas, se sentis perturbada
pela grande voz da noite
a solidão da alma,
— abandonai o que tendes,
e segui também sem nada
essa flor da juventude
que canta e passa!)
(...)
_________________
"Ser como un verso volando
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
o un ciego soñando
y en ese vuelo y en ese sueño
compartir contigo sol y luna,
siendo guardián en tu cielo
y tren de tus ilusiones."
(Hánjel)
[Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
Contenido patrocinado
- Mensaje n°271
Re: CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
|
|
» Rabindranath Tagore (1861-1941)
» MARIO QUINTANA ( 30/07/1906... 05/05/1994)
» CECILIA MEIRELES (7 de noviembre de 1901, Río de Janeiro/9 de noviembre de 1964, Río de Janeiro/Brasil
» 2007-02-06 COCÓ
» 2007-02-11 NADIE SABE LO QUE NADIE SABE
» FERNANDO PESSOA II (!3/ 06/1888- 30/11/1935) )
» VINICIUS DE MORAES
» Poema al Poeta Pascual Lopez Sanchez
» ADONIS (Ali Ahmad Said) (1930-