Aires de Libertad

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    AFFONSO ROMANO DE SANTA'ANNA (1937- - Página 8 Empty Re: AFFONSO ROMANO DE SANTA'ANNA (1937-

    Mensaje por Maria Lua Lun Nov 11, 2024 1:02 pm

    ONDE ESTÃO?

    Onde estão estes
    que ao nosso lado
    parecem vivos
    e são tão
    televisivos?

    _Onde estão?

    Estão todos vivendo
    Morrendo
    Cheios de adjetivos.

    Onde estão esses
    que ao nosso lado
    parecem tão produtivos
    esportivos
    e cheios de adesivos?

    _Onde estão?

    Estão todos vivendo
    Morrendo
    Comercialmente
    Ativos.

    Onde estão estes
    que ao nosso lado
    parecem tão livres
    e atrativos
    com seus dentes
    e risos?

    Onde estão?

    Estão todos vivendo
    morrendo
    prosaicamente
    cativos.

    Onde estão esses
    que ao nosso lado
    parecem tão passivos
    com ar silencioso
    e corrosivo?

    Onde estão?

    Estão apenas vivendo
    morrendo
    como sub ser vivos.




    ***********************




    ¿DÓNDE ESTÁN?

    donde estan estos
    que a nuestro lado
    parecen vivos
    y son asi
    televisivos?

    _¿Dónde están?

    Estan todos viviendo
    Muriendo
    Llenos de adjetivos.

    Dónde estan estos
    que a nuestro lado
    parecen tan productivos
    deportivos
    y lleno de pegatinas?

    _¿Dónde están?

    Estan todos viviendo
    Muriendo
    Comercialmente
    Activos.

    Donde estan esos
    que a nuestro lado
    parecen tan libres
    y atraccitivos
    con sus dientes
    y risas?

    ¿Dónde están?

    Estan todos viviendo
    muriendo
    prosaicamente
    cautivos.

    Donde estan estos
    que a nuestro lado
    parece tan pasivos
    con aire silencioso
    y corrosivo?

    ¿Dónde están?
    Solo estan viviendo
    muriendo
    como sub ser vivos.


    _________________



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    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





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    AFFONSO ROMANO DE SANTA'ANNA (1937- - Página 8 Empty Re: AFFONSO ROMANO DE SANTA'ANNA (1937-

    Mensaje por Maria Lua Jue Nov 14, 2024 1:39 pm

    “OS DESAPARECIDOS"

    De repente, naqueles dias, começaram
    a desaparecer pessoas, estranhamente.
    Desaparecia-se. Desaparecia-se muito
    naqueles dias.

    Ia-se colher a flor oferta
    e se esvanecia.
    Eclipsava-se entre um endereço e outro
    ou no táxi que se ia.
    Culpado ou não, sumia-se
    ao regressar do escritório ou da orgia.
    Entre um trago de conhaque
    e um aceno de mão, o bebedor sumia.
    Evaporava o pai
    ao encontro da filha que não via.
    Mães segurando filhos e compras,
    gestantes com tricô ou grupos de estudantes
    desapareciam.
    Desapareciam amantes em pleno beijo
    e médicos em meio à cirurgia.
    Mecânicos se diluíam
    - mal ligavam o torno do dia.

    Desaparecia-se. Desaparecia-se muito
    naqueles dias.
    Desaparecia-se a olhos vistos
    e não era miopia. Desaparecia-se
    até a primeira vista. Bastava
    que alguém visse um desaparecido
    e o desaparecido desaparecia.
    Desaparecia o mais conspícuo
    e o mais obscuro sumia.
    Até deputados e presidentes esvaneciam.
    Sacerdotes, igualmente, levitando
    iam, arefeitos, constatar no além,
    como os pescadores partiam.

    Desaparecia-se. Desaparecia-se muito
    naqueles dias.
    Os atores no palco
    entre um gesto e outro, e os da platéia
    enquanto riam.
    Não, não era fácil ser poeta naqueles dias.
    Porque os poetas, sobretudo
    - desapareciam.

    Se fosse ao tempo da Bíblia, eu diria
    que carros de fogo arrebatavam os mais puros
    em mística euforia. Não era. É ironia.
    E os que estavam perto, em pânico, fingiam
    que não viam. Se abstraíam.
    Continuavam seu baralho a conversar demências
    com o ausente, como se ele estivesse ali sorrindo
    com suas roupas e dentes.

    Em toda família à mesa havia
    uma cadeira vazia, a qual se dirigiam.
    Servia-se comida fria ao extinguido parente
    e isto alimentava ficções
    - nas salas e mentes
    enquanto no palácio, remorsos vivos boiavam
    - na sopa do presidente.

    As flores olhando a cena, não compreendiam.
    Indagavam dos pássaros, que emudeciam.
    As janelas das casas, mal podiam crer
    - no que viam.
    As pedras, no entanto,
    gravavam os nomes dos fantasmas
    pois sabiam que quando chegasse a hora
    por serem pedras, falariam.

    O desaparecido é como um rio:
    - se tem nascente, tem foz.
    Se teve corpo, tem ou terá voz.
    Não há verme que em sua fome
    roa totalmente um nome. O nome
    habita as vísceras da fera
    Como a vítima corrói o algoz.

    E surgiam sinais precisos
    de que os desaparecidos, cansados
    de desaparecerem vivos
    iam aparecer mesmo mortos
    florescendo com seus corpos
    a primavera de ossos.

    Brotavam troncos de árvores,
    rios, insetos e nuvens em cujo porte se viam
    vestígios dos que sumiam.

    Os desaparecidos, enfim,
    amadureciam sua morte.

    Desponta um dia uma tíbia
    na crosta fria dos dias
    e no subsolo da história
    - coberto por duras botas,
    faz-se amarga arqueologia.

    A natureza, como a história,
    segrega memória e vida
    e cedo ou tarde desova
    a verdade sobre a aurora.

    Não há cova funda
    que sepulte
    - a rasa covardia.
    Não há túmulo que oculte
    os frutos da rebeldia.

    Cai um dia em desgraça
    a mais torpe ditadura
    quando os vivos saem à praça
    e os mortos da sepultura.

    Affonso Romano cantou de todas as formas , com enorme lirismo , todos os sentimentos relacionados ao AMOR : na sua visão platônica ; nas insinuações sexuais ; na dor da separação tudo expresso em uma linguagem amorosa e uma fascinante demonstração orgástica . No poema a seguir , há uma mescla do que foi aqui evidenciado .



    https://leopoldinense.com.br/coluna/664/poemas-de-affonso-romano-de-sant--anna


    _________________



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    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





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    AFFONSO ROMANO DE SANTA'ANNA (1937- - Página 8 Empty Re: AFFONSO ROMANO DE SANTA'ANNA (1937-

    Mensaje por Maria Lua Vie Nov 15, 2024 3:55 pm

    MISTERIOSO CONJUNTO

    “Me defino como un hombre razonable
    no como profesor iluminado
    ni como vate que lo sabe todo.”
    Nicanor Parra


    No sé muchas cosas.

    A las preguntas que mis hijas hacen
    respondo con dificultad.

    Por eso desde hace tiempo huyo
    de la verdad ciega y absoluta y admito
    cierta equivalencia
    entre lo que afirmo
    y el otro niega.

    Separados o juntos
    somos apenas parte
    de un misterioso conjunto.

    Está llena de vacíos y elipsis nuestra habla.
    Por nosotros una luz cortante pasa
    nos diversifica
    y se dispersa en los objetos mínimos de la sala.


    ****************


    Original en portugués:



    **********************


    MISTERIOSO CONJUNTO


    Me defino como un hombre razonable

    no como professor iluminado

    ni como vate que lo sabe todo.

    Nicanor Parra

    Não sei muitas coisas.

    Às perguntas que minhas filhas fazem

    respondo com dificuldade.

    Por isto há tempos fujo

    da verdade cega e absoluta e admito

    certa equivalência

    entre o que afirmo

    e o outro nega.

    Separados ou juntos

    somos apenas parte

    de um misterioso conjunto.

    Está cheia de vazios e elipses a nossa fala.

    Por nós uma luz cortante passa

    nos diversifica

    e se dispersa nos objetos mínimos da sala.






    cont.
    https://alpialdelapalabra.blogspot.com/2023/08/affonso-romano-de-santanna-poemas-de.html


    https://pt.everand.com/book/477949569/Vestigios


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    Mensaje por Maria Lua Lun Nov 18, 2024 12:25 am


    MADURACIÓN EN LA MUERTE AJENA

    Maduración en la muerte ajena
    mi muerte.
    Miro en los lomos de los libros
    los nombres de los que se fueron
    y en el vacío del otro lado
    aquello que se evaporó.

    A veces me pienso un sepulturero
    colocando lápidas en crónicas y poemas
    otras
    en un vertiginoso tren
    –distraído pasajero.






    cont.
    https://alpialdelapalabra.blogspot.com/2023/08/affonso-romano-de-santanna-poemas-de.html



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    Mensaje por Maria Lua Sáb Nov 23, 2024 7:14 pm

    EL ERROR CORRECTO




    La Tabaquería y varios poemas de Fernando Pessoa tienen versos de más y muchos necesitarían ser reescritos.
    Pasajes de los Cantares de Ezra Pound son prosaicos y en rigor incomprensibles.
    Manuel Bandeira y Neruda tienen algunos poemas que, ¡háganme el favor!
    Los Lusíadas, a veces, cansan,
    casi viran a prosa rimada,
    tal como ocurre con partes de la Eneida, de la Ilíada y de la Odisea.
    Algunos cuadros y diseños de Picasso no parecen hechos por un maestro.
    Stravinsky a veces aglutina sonidos por demás en su pentagrama.
    Mahler, como Brahms, hace música muchas veces inteligente por demás
    y un día, ¡el pasmo! oí algo de Mozart que no me conmovió.
    Hasta Bach tiene composiciones de pura habilidad.

    No es posible darle al blanco todo el tiempo
    como sabe cualquier tirador.

    ¿Por qué no querés aceptar
    la imperfección de mi amor?


    _________________



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    Mensaje por Maria Lua Lun Nov 25, 2024 1:06 pm

    Separação



    Desmontar a casa
    e o amor. Despregar
    os sentimentos das paredes e lençóis.
    Recolher as cortinas
    após a tempestade
    das conversas.
    O amor não resistiu
    às balas, pragas, flores
    e corpos de intermeio.

    Empilhar livros, quadros,
    discos e remorsos.
    Esperar o infernal
    juizo final do desamor.

    Vizinhos se assustam de manhã
    ante os destroços junto à porta:
    -pareciam se amar tanto!

    Houve um tempo:
    uma casa de campo,
    fotos em Veneza,
    um tempo em que sorridente
    o amor aglutinava festas e jantares.

    Amou-se um certo modo de despir-se
    de pentear-se.
    Amou-se um sorriso e um certo
    modo de botar a mesa. Amou-se
    um certo modo de amar.

    No entanto, o amor bate em retirada
    com suas roupas amassadas, tropas de insultos
    malas desesperadas, soluços embargados.

    Faltou amor no amor?
    Gastou-se o amor no amor?
    Fartou-se o amor?

    No quarto dos filhos
    outra derrota à vista:
    bonecos e brinquedos pendem
    numa colagem de afetos natimortos.

    O amor ruiu e tem pressa de ir embora
    envergonhado.

    Erguerá outra casa, o amor?
    Escolherá objetos, morará na praia?
    Viajará na neve e na neblina?

    Tonto, perplexo, sem rumo
    um corpo sai porta afora
    com pedaços de passado na cabeça
    e um impreciso futuro.
    No peito o coração pesa
    mais que uma mala de chumbo.





    *****************






    Separación



    Desmontar la casa
    y el amor. Desclavar
    los sentimientos
    de las paredes y las sábanas.

    Recoger las cortinas
    tras la tempestad
    de las disputas.

    El amor no resistió
    las balas, plagas, flores
    y cuerpos intermedios.
    Empacar libros, cuadros,
    discos y culpas.
    Esperar el infernal
    juicio final del desamor.

    Los vecinos se asustan en la mañana
    ante los destrozos en la puerta:
    –¡Parecían amarse tanto!
    Hubo un tiempo:
    una casa de campo,
    fotos en Venecia,
    un tiempo en que sonriente
    el amor aglutinaba cenas y fiestas.
    Se amó cierto modo de desvestirse,
    de peinarse.

    Se amó una sonrisa y cierto modo
    de disponer la mesa. Se amó
    cierto modo de amar.

    No obstante, el amor parte en retirada
    - 52 -
    Entre los poetas míos… Affonso Romano de Sant’Anna
    con sus ropas arrugadas, tropas de insultos,
    maletas desesperadas, sollozos incautados.

    ¿Faltó amor al amor?
    ¿Se gastó el amor en el amor?
    ¿Se hartó el amor?
    En el cuarto de los hijos
    otra derrota a la vista:
    muñecos y juguetes penden
    en un collage de afectos natimuertos.

    Se arruinó el amor y tiene prisa de partir
    avergonzado.
    ¿Levantará otra casa, el amor?
    ¿Escogerá objetos, morará en la playa?
    ¿Viajará entre la nieve y la neblina?

    Tonto, perplejo, sin rumbo,
    un cuerpo cruza la puerta
    con trozos de pasado en la cabeza
    y un futuro incierto.

    En el pecho el corazón pesa
    más que una valija de plomo.


    _________________



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    Mensaje por Maria Lua Lun Nov 25, 2024 7:55 pm

    Canto e Palavra





    Todo homem é vário .

    Vário e múltiplo. Eu sou

    menos: sou um duplo

    e me contento com o que sou.

    Fosse meu nome legião,

    meu destino talvez fosse

    a fossa e o abismo onde

    a vara de porcos me emborcou.

    Não sou tantos, repito,

    sou um duplo

    e me contento com o que sou.

    2

    Sou primeiro o canto

    e o que cantou

    e só depois – palavra

    e o que falou.

    Meu corpo testifica este conflito

    quando entre palavras e canto

    não se perde ou se dissipa,

    mas se afirma

    e me redime.

    O homem primeiro é o canto.

    só depois se organiza,

    se acrescenta

    se articula,

    se clareia de palavras

    e dissipa o que são brumas.

    Se o canto é o eu fluindo,

    a palavra é o eu pensado.

    na palavra eu sempre guio,

    mas no canto eu sou guiado.

    O canto é o que atinjo

    (ocultamente) sem me oferecer,

    e quando, de repente,

    eu me descubro

    – sem querer.

    A palavra, ao contrário,

    é o ato claro,

    o talho e o atalho

    – no objeto,

    embora seja como o corpo

    um ser concreto

    e como o mito

    – um ser incerto.

    3

    Quereis saber

    como eu faço

    ou de mim como eu quero?

    É fácil:

    Cultivo em mim os meus contrários

    e a síntese dos termos cultivo,

    sabendo que o canto é quando

    e a palavra é onde ,

    e que ela o ultrapassa

    mais que o complementa .

    E certo que o homem

    embora sinta e pense,

    cante e fale

    seus conflitos nunca vence,

    é que eu tranqüilo me exponho,

    em fala me traduzo,

    em canto me componho:

    pois um homem somente se organiza

    e completo se apresenta

    quando com seus contrários se acrescenta.

    4

    Difícil é demarcar

    o limite, o dia, o instante

    em que o homem

    de seu canto se destaca.

    O limite, o dia, o instante

    em que o homem se desfaz

    da imponderável música-novelo-e-ovo

    e configura-se no gesso,

    e do que era um homem-canto

    emerge um homem-texto.

    Difícil é dizer como e onde,

    não o porque,

    um dia a gente se observa,

    Se admira,

    Mais que isto:

    um dia o ser do homem todo denuncia:

    já não se flui

    como fluía,

    nem se esvai

    como esvaía,

    edo organismo informe e vago

    emerge a vida organizada.

    Nada se perdeu

    nem jamais se perderia

    neste homem que de novo se formou.

    Algo duro nele se passa

    e em seu trajeto se passou,

    quando indo do canto à palavra

    a si mesmo ultrapassou.



    _________________



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    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





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    Mensaje por Maria Lua Mar Nov 26, 2024 12:28 pm

    Deixei a Acrópole, em Atenas,
    como a encontrei.
    Pisei suas pedras
    olhei as sobrantes figuras derruídas
    e agora parto para meu distante país.
    Não o fizeram assim os persas,
    os turcos,
    e aquele inglês avaro
    que levou seus mármores.

    No topo da montanha, a Acrópole resiste.

    No café da manhã, a olhava.
    No entardecer, a olhava.
    À noite, iluminada, a olhava.

    Certa madrugada levantei-me
    para (há quatro mil anos)
    comtemplá-la.








    Dejé la Acrópolis en Atenas,
    cómo la encontré.
    Pisé tus piedras
    Miré las figuras caídas restantes.
    y ahora vuelvo a mi lejano país.
    Los persas no lo hicieron,
    los turcos,
    tampoco aquel inglés tacaño
    quien llevó su mármol.

    En la cima de la montaña la Acrópolis resiste.

    Durante el desayuno la miraba.
    a anochecer la miraba.
    De noche, iluminada, la miraba.

    cierta amdrugada me levanté
    para (hace cuatro mil años)
    contemplarla.


    _________________



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    Mensaje por Maria Lua Jue Nov 28, 2024 10:15 pm

    Retomo as perplexidades
    que me acompanham
    — desde as montanhas de Minas.
    Adiante a Ilha Rasa
    o farol que o poeta anotou
    ao lado da cobertura do cronista
    e a solidão nadando mar afora.

    A história é um assombro ingovernável.

    Tomaram-me um pedaço do mar.
    Não nos demos o país que merecíamos.
    Amigos se foram
    e não resolveram nossos enigmas.
    Consulto suas obras em vão:
    rodavam o uísque em seus copos
    eram espirituosos nas festas
    mas partiram sem entender
    o inexplicável.


    _________________



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    Mensaje por Maria Lua Dom Dic 01, 2024 1:19 pm

    Amar a Morte


    Amar de peito aberto a morte.
    Não de esguelha, de frente.
    Amar a morte,
    digamos,
    despudoradamente.
    Amá-la como se ama
    uma bela mulher
    e inteligente.Amá-la
    diariamente
    sabendo que por mais
    que a amemos
    ela se deitará
    com uns e outros
    indiferente.




    ****************


    Amar la muerte


    Amar pecho abierto a la muerte.
    No de lado, de frente.
    Amar la muerte,
    digamos,
    descaradamente.
    Ámala como se ama
    una mujer hermosa
    e inteligente. Amála
    a diario
    sabiendo que por más
    que la amamos
    ella se acostará
    con unos con otros
    indiferente.


    _________________



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    Mensaje por Maria Lua Mar Dic 03, 2024 7:36 pm

    DESENVOLVIMENTO HÁBIL E CONTÁBIL DO (P)R(O)BL(EMA)

    Sendo um dos 999.999 poetas do país
    desses sou um dos 888.888
    que tiveram Mário, Bandeira, Drummond,
    Murilo, Cecília, Jorge e Vinícius como mestres
    e pelas noites interioranas abriam suas obras
    lendo e reescrevendo os versos deles nos meus versos
    com deslumbrada afeição.

    Desses sou um dos 777.777 poetas
    que se ampliaram ao descobrir Neruda, Pessoa,
    Petrarca, Eliot, Rilke, Whitman, Ronsard e Villon
    em tradução ou não
    e sem qualquer orientação iam curtindo
    um bando de poetas menores/piores
    que para mim foram maiores
    pois me alimentavam com a in-possível poesia
    e a derramada emoção.

    Desses sou um dos 666.666 poetas
    que fundando revistinhas e grupelhos aspiravam
    (miudamente)
    à glória erótica & literária
    e misturando madrugadas, festas, citações, sonhos
    de escritor maldito e o mito das gerações
    depois da espreita aos suplementos
    batem à porta do poeta nacional para entregar
    poemas
    (com a alma na mão)
    esperando louvor e afeição.

    Desses sou um dos 555.555
    que um dia foram o melhor poeta de sua cidade
    o melhor poeta de seu estado
    dos melhores poetas jovens do país
    e quando já se iam laureando aqui e ali em plena arcádia surpreenderam-se nauseados
    e cobrindo-se de cinza retiraram-se para o deserto
    a refazer a letra do silêncio
    e o som da solidão.

    Desses sou um dos 444.444 poetas
    que depois da torrente de versos adolescentes e noturnos
    se estuporaram per/vertidos nas vanguardas
    e por mais de 20 anos não falamos de outra coisa
    senão da morte do verso e da palavra e da vida do sinal
    acreditando que a poesia tendia para o visual
    e que no séc. XXI etc. e etc. e tal.

    Desses sou um dos 333.333 poetas
    que depois de tanto rigor, ardor, odor, horror
    partiram para a impureza (consciente) das formas
    podendo ou não rimar em ar e ão
    procurando o avesso do aprendido
    o contrário do ensinado
    interessado não apenas em calar, mas em falar
    não apenas em pensar, mas em sentir
    não apenas em ver, mas contemplar
    fugindo do falso novo como o diabo da cruz
    porque nada há de mais pobre que o novo ovo de ouro
    gerado por falsas galinhas prata.

    Desses sou um dos 222.222 poetas
    que penosamente descobriram que uma coisa
    é fazer um verso, um poema ou mais
    e receber os elogios médio-medianos dos amigos
    e outra, bem outra, é ser poeta
    e construir o projeto de uma obra
    em que vida & texto se articulem
    letra & sangue se misturem
    espaço & tempo se revelem
    e que nesta matéria revém o dito bíblico
    – muitos os chamados, poucos os escolhidos.

    Desses sou um dos 111.111 professores
    universitários ou não
    que antes de tudo eram poetas-patetas-estetas-profetas
    e que depois de ver e viver da obra alheia
    estupefactos
    descobrem que só poderiam/deveriam
    sobreviver com a própria
    que escondem e renegam
    por pudor
    recalque
    e medo.

    Sou um dos 999 poetas do país
    que
    sub/traídos dos 999.999
    serão sempre 999 (anônimos) poetas
    expulsos sistematicamente da República por Platão
    que um dia pensaram em mudar a História com
    dois versos pena & espada
    (o que deu certo ao tempo de Camões)
    e que escrevendo páginas e páginas não mudaram nada
    senão de tinta e de endereço.
    Mas foi dessa inspeção ao nada que aprenderam
    que na poesia o nada se perde
    o nada se cria
    e o nada se transforma.


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    Mensaje por Maria Lua Miér Dic 04, 2024 2:08 pm

    Não amo
    melhor
    nem pior
    do que ninguém.

    Do meu jeito amo.
    Ora esquisito, ora fogoso,
    às vezes aflito
    ou ensandecido de gozo.
    Já amei
    até com nojo.

    Coisas fabulosas
    acontecem-me no leito. Nem sempre
    de mim dependem, confesso.
    O corpo do outro
    é que é sempre surpreendente.



    *************



    No amo
    mejor
    no peor
    que nadie.

    Amo a mi manera.
    A veces extraño, a veces ardiente,
    a veces angustiado
    o loco de alegría.
    ya amé
    incluso disgustado.

    Cosas fabulosas
    me pasan en la cama. No siempre
    dependen de mí, lo confieso.
    el cuerpo del otro
    siempre es sorprendente.


    _________________



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