Aires de Libertad

¿Quieres reaccionar a este mensaje? Regístrate en el foro con unos pocos clics o inicia sesión para continuar.

https://www.airesdelibertad.com

Leer, responder, comentar, asegura la integridad del espacio que compartes, gracias por elegirnos y participar

Estadísticas

Nuestros miembros han publicado un total de 1036039 mensajes en 47438 argumentos.

Tenemos 1565 miembros registrados

El último usuario registrado es Diana bello

¿Quién está en línea?

En total hay 90 usuarios en línea: 1 Registrado, 0 Ocultos y 89 Invitados :: 3 Motores de búsqueda

Ramón Carballal


El record de usuarios en línea fue de 1156 durante el Miér Dic 06, 2023 7:39 am

Temas similares

Últimos temas

» XI. SONETOS POETAS ESPAÑOLES SIGLO XX (VI)
CLARICE LISPECTOR I - Página 2 EmptyHoy a las 5:54 pm por Pascual Lopez Sanchez

» POESÍA SOCIAL XIX
CLARICE LISPECTOR I - Página 2 EmptyHoy a las 5:16 pm por Pascual Lopez Sanchez

» LORENZO VARELA (1916 - 1978)
CLARICE LISPECTOR I - Página 2 EmptyHoy a las 5:06 pm por Pascual Lopez Sanchez

» ANTONIO GALA (1930 - 2023)
CLARICE LISPECTOR I - Página 2 EmptyHoy a las 4:06 pm por Pascual Lopez Sanchez

» POESÍA DE REPÚBLICA ÁRABE SAHARAUI
CLARICE LISPECTOR I - Página 2 EmptyHoy a las 2:56 pm por Lluvia Abril

» LA POESIA MÍSTICA DEL SUFISMO. LA CONFERENCIA DE LOS PÁJAROS.
CLARICE LISPECTOR I - Página 2 EmptyHoy a las 1:02 pm por Maria Lua

» EDUARDO GALEANO (1940-2015)
CLARICE LISPECTOR I - Página 2 EmptyHoy a las 12:59 pm por Maria Lua

»  2012-03-04 ELLA HABLA
CLARICE LISPECTOR I - Página 2 EmptyHoy a las 9:00 am por Amalia Lateano

» CÉSAR VALLEJO (1892-1938)
CLARICE LISPECTOR I - Página 2 EmptyHoy a las 7:22 am por cecilia gargantini

» Metáfora. Poemas sobre cuadros. François Clouet. La carta amorosa (1570)
CLARICE LISPECTOR I - Página 2 EmptyHoy a las 6:23 am por Edith Elvira Colqui Rojas

Marzo 2024

LunMarMiérJueVieSábDom
    123
45678910
11121314151617
18192021222324
25262728293031

Calendario Calendario

Conectarse

Recuperar mi contraseña

Galería


CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty

+5
Juan Martín
Lluvia Abril
Evangelina Valdez
Pascual Lopez Sanchez
Maria Lua
9 participantes

    CLARICE LISPECTOR I

    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Sáb Nov 26, 2016 4:14 pm



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    cecilia gargantini
    cecilia gargantini
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 39985
    Fecha de inscripción : 26/04/2009
    Edad : 70
    Localización : buenos aires

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por cecilia gargantini Dom Nov 27, 2016 2:55 am

    Me encanta Lispector, querida Luita!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Leeré todo esto con detenimiento.
    Gracias por darnos tanto!!!!!!!!!!!!!!!! Besitossssssssssss siempre
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Sáb Mar 11, 2017 7:01 am

    La última entrevista de Clarice Lispector en 1977,
    dos meses antes de su muerte ( tenía cáncer).
    Entrevista en portugués, pero facil de entender,
    ella habla muy despacio, muy claro.









    LA ENCONTRÉ SUBTITULADA EN ESPAÑOL:


    L


    Última edición por Maria Lua el Jue Dic 10, 2020 10:49 pm, editado 1 vez


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Vie Dic 01, 2017 11:09 pm

    Clarice Lispector : Portadas de sus libros
    y páginas sobre su obra, en español

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]


    Clarice Lispector R.M fue una escritora brasileña de origen judío. Es considerada una de las más importantes escritoras brasileñas del siglo XX. Pertenece a la tercera fase del modernismo, el de la Generación del 45 brasileña. [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]10 de diciembre de 1920, [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]
    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]9 de diciembre de 1977, [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]
    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]Premio Jabuti de Literatura
    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo][Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo][Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]
    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo][Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo][Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    cecilia gargantini
    cecilia gargantini
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 39985
    Fecha de inscripción : 26/04/2009
    Edad : 70
    Localización : buenos aires

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por cecilia gargantini Sáb Dic 02, 2017 2:15 am

    Gracias Luita por todo esto!!!!!!!!!!!!! Siento una enorme admiración por Lispector.
    Besosssssssssss siempre y FELIZ mudanza
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Miér Dic 06, 2017 10:33 pm


    Fragmento de Água Viva, no original, em português

    É com uma alegria tão profunda. É uma tal aleluia. Aleluia, grito eu, aleluia que se funde com o mais escuro uivo humano da dor de separação mas é grito de felicidade diabólica. Porque ninguém me prende mais. Continuo com capacidade de raciocínio - já estudei matemática que é a loucura do raciocínio -quero me alimentar diretamente da placenta. Tenho um pouco de medo: medo ainda de me entregar pois o próximo instante é o desconhecido. O próximo instante é feito por mim? Fazemo-lo juntos com a respiração. E com uma desenvoltura de toureiro na arena.
    Eu te digo: estou tentando captar a quarta dimensão do instante-já que de tão fugidio não é mais porque agora tornou-se um novo instante-já que também não é mais. Cada coisa tem um instante em que ela é. Quero apossar-me do é da coisa. Esses instantes que decorrem no ar que respiro: em fogos de artifício eles espocam mudos no espaço. Quero possuir os átomos do tempo. E quero capturar o presente que pela sua própria natureza me é interdito: o presente me foge, a atualidade me escapa, a atualidade sou eu sempre no já. Só no ato do amor - pela límpida abstração de estrela do que se sente—capta-se a incógnita do instante que é duramente cristalina e vibrante no ar e a vida é esse instante incontável, maior que o acontecimento em si: no amor o instante de impessoal jóia refulge no ar, glória estranha de corpo, matéria sensibilizada pelo arrepio dos instantes - e o que se sente é ao mesmo tempo que imaterial tão objetivo que acontece como fora do corpo, faiscante no alto, alegria, alegria é matéria de tempo e é por excelência o instante. E no instante está o é dele mesmo. Quero captar o meu é. E canto aleluia para o ar assim como faz o pássaro. E meu canto é de ninguém. Mas não há paixão sofrida em dor e amor a que não se siga uma aleluia.
    Meu tema é o instante? meu tema de vida. Procuro estar a par dele, divido-me milhares de vezes em tantas vezes quanto os instantes que decorrem, fragmentária que sou e precários os momentos - só me comprometo com vida que nasça com o tempo e com ele cresça: só no tempo há espaço para mim.
    Escrevo-te toda inteira e sinto um sabor em ser e o sabor-a-ti é abstrato como o instante. é também com o corpo todo que pinto os meus quadros e na tela fixo o incorpóreo, eu corpo-a-corpo comigo mesma. Não se compreende música: ouve-se. Ouve-me então com teu corpo inteiro. Quando vieres a me ler perguntarás por que não me restrinjo à pintura e às minhas exposições, já que escrevo tosco e sem ordem. É que agora sinto necessidade de palavras - e é novo para mim o que escrevo porque minha verdadeira palavra foi até agora intocada. A palavra é a minha quarta dimensão.
    [...]

    Clarice Lispector em Água Viva

    ------------------------------------------------------

    Fragmento en español



    Es con una alegría tan profunda. Es un aleluya tal. Aleluya, grito, aleluya que se funde con el más oscuro alarido humano de dolor de separación pero que es un grito de felicidad diabólica. Porque ya nadie me ata. Sigo con capacidad de razonar –he estudiado matemáticas, que son la locura de la razón– pero ahora quiero el plasma, quiero alimentarme directamente de la placenta. Tengo un poco de miedo: miedo de entregarme, porque el próximo instante es lo desconocido. ¿El próximo instante está hecho por mí? ¿O se hace solo? Lo hacemos juntos con la respiración. Y con una desenvoltura de torero en la arena. Te digo: estoy intentando captar la cuarta dimensión del instante-ya, que de tan fugitivo ya no existe porque se ha convertido en un nuevo instante-ya que ahora tampoco existe. Quiero apoderarme del es de la cosa. Esos instantes que transcurren en el aire que respiro, como fuegos artificiales estallan mudos en el espacio. Quiero poseer los átomos del tiempo. Y quiero capturar el presente que, por su propia naturaleza, me está prohibido; el presente se me escapa, la actualidad huye, la actualidad soy yo siempre en presente. Sólo en el acto del amor –por la nítida abstracción de estrella de lo que se siente– se capta la incógnita del instante, que es duramente cristalina y vibra en el aire, y la vida es ese instante incontable, más grande que el acontecimiento en sí; en el amor el instante de júbilo impersonal refulge en el aire, gloria extraña del cuerpo, materia sensibilizada por el escalofrío de los instantes, y lo que se siente es al mismo tiempo inmaterial y tan objetivo que sucede como fuera del cuerpo, brillando en lo alto; alegría, la alegría es la materia del tiempo y es por excelencia el instante. Y en el instante está el es de sí mismo. Quiero captar mi es. Y canto un aleluya al aire como lo hace el pájaro. Y mi canto no es de nadie. Pero no hay pasión sufrida en el dolor y en el amor a la que no le siga un aleluya.
    ¿Mi tema es el instante? Mi tema de vida. Intento estar a su nivel, me divido millares de veces en tantas veces como los instantes que transcurren, tan fragmentaria soy y tan precarios los momentos, sólo me comprometo con la vida que nace con el tiempo y que crece con él; sólo en el tiempo hay espacio para mí. Te escribo entera y siento un sabor en ser y el sabora-ti es abstracto como el instante. También con todo el cuerpo pinto mis cuadros y en el lienzo fijo lo incorpóreo, yo cuerpo-a-cuerpo conmigo misma. No se comprende la música, se escucha. Escúchame entonces con todo tu cuerpo. Cuando llegues a leerme preguntarás por qué no me limito a la pintura y a mis exposiciones, por qué escribo tosco y sin orden. Es que ahora siento necesidad de palabras y es nuevo para mí lo que escribo porque mi verdadera palabra está hasta ahora intacta. La palabra es mi cuarta dimensión.



    ( fragmento de la primera parte de  Agua Viva, de Clarice Lispector)

    ----------------------------------------------

    Abajo, fragmentos en español, PDF)

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Pascual Lopez Sanchez
    Pascual Lopez Sanchez
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 86626
    Fecha de inscripción : 29/06/2009
    Edad : 72
    Localización : Murcia / Muchas veces en Mazarrón/ Algunas en Cieza ( amo la ciudad donde nací; amo su río - Río Segura_ y amo sus montes secos llenos de espartizales)

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Pascual Lopez Sanchez Dom Dic 10, 2017 5:11 pm

    Gracias a ti, María Lua, a tu exquisita sensibilidad y tu trabajo conocí a esta autora. Es cierto que mi presencia no es muy frecuente. Ya sabes que se debe a la multitud de secciones en las que estoy inmerso. Pero siempre es bueno recoger la belleza que las personas como tú nos van dejando...

    Gracias, amiga mía... Besos...


    _________________
    "No hay  cañones que maten la esperanza."  Walter Faila


    NO EXISTEN BANDERAS ANTE EL LLANTO DE UN NIÑO. CARLOS PONCE


     ISRAEL: ¡GENOCIDA!
    Pascual Lopez Sanchez
    Pascual Lopez Sanchez
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 86626
    Fecha de inscripción : 29/06/2009
    Edad : 72
    Localización : Murcia / Muchas veces en Mazarrón/ Algunas en Cieza ( amo la ciudad donde nací; amo su río - Río Segura_ y amo sus montes secos llenos de espartizales)

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Pascual Lopez Sanchez Dom Dic 10, 2017 5:14 pm

    Este, creo, es un bellisimo poema que a mí, cuando lo leí - insisto que gracias a ti - me erizó los pelos de la piel y el vello del alma.

    Aquó lo dejo como muestra de mi devoción por María Lua.


    _________________
    "No hay  cañones que maten la esperanza."  Walter Faila


    NO EXISTEN BANDERAS ANTE EL LLANTO DE UN NIÑO. CARLOS PONCE


     ISRAEL: ¡GENOCIDA!
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Dom Dic 10, 2017 10:19 pm

    Gracias, amigo Pascual, por tus hermosas
    palabras...
    Clarice es mi escritora preferida.
    Hoy, 10 de diciembre sería su cumpleãnos!




    Para ti, para todos los que leen o comentan:




    FRAGMENTOS DE APRENDIZAJE O EL LIBRO DE LOS PLACERES


    De Clarice Lispector


    "Este libro se pidió una libertad mayor que tuve miedo de dar. Está muy por encima de mí. Humildemente intenté escribirlo. Yo soy más fuerte que yo"


    "Era cruel lo que hacía consigo misma: aprovechar que estaba en carne viva para conocerse mejor, ya que la herida estaba abierta..."

    "Como si una manada de gacelas transparentes se trasladacen en el aire del mundo al crepúsculo...
    Se había vuelto más habilidosa: como si de a poco se estuviese
    acostumbrando a la Tierra, a la Luna, al Sol, y extrañamente a Marte sobre todo. Estaba en una plataforma terrestre de donde por milésimas de segundos parecía ver la supra-realidad de lo que es verdaderamente real. Pero real...cuando ella a su manera le contó a él, el casi no acontecimiento-más real que la realidad.

    y ella era más lunar que solar (...)

    Luminiscencia

    "La necesidad más urgente de un ser humano era la de transformarse en un ser humano"
    "Estaría en realidad luchando contra su propia voluntad intensa de acercarse a lo imposible de otro ser humano?

    "A pesar de sentirse demasiado humilde de ahí paradojalmente venía su altivez de persona. Es que su altivez -que se reflejaba en el modo flexible y tranquilo de andar-su altivez surgía de la certeza oscura de que sus raíces eran sólidas, y que su humildad no era sólo humildad humana; es que cualquier raíz era sólida, y su humildad surgía de la certeza oscura de que todas las raíces eran humildes,terrosas y llenas de húmedo vigor en su modestia nudosa de raíz.

    Claramente todo esto no era pensado: era vivido, con uno que otro fugaz haz de luz de reflector que iluminando el cielo por la noche por una fracción de segundo ilumina con su pensamiento la oscuridad.
    (...)



    "Y estaba bien. "No entender" era tan vasto que sobrepasaba cualquier entender-entender era siempre limitado. Pero no entender no tenía fronteras y llevaba al infinito, a Dios. No era un no entender como el de un sencillo de espíritu. Lo bueno era tener inteligencia y no entender. Era una bendición extraña como la de tener locura sin que fuera nociva. Era un desinterés manso en relación con las cosas dichas del intelecto, una dulzura de estupidez.

    Pero de vez en cuando surgía la agitación insoportable: quería entender lo suficiente para  por lo menos tener más conciencia de eso que no entendía. Aunque en el fondo no quisiese comprender. Sabía que eso era imposible y todas las veces que había pensado que sí había comprendido era por haber comprendido mal. Comprender era siempre un error - prefería la holgura tan amplia y libre y libre de errores que era no entender. No estaba bien, pero por lo menos se sabía que se estaba en plena condición humana.
    Sin embargo a veces adivinaba..."

    Al día siguiente intentó pacientemente de nuevo el crepúsculo. estaba a la espera. Con los sentidos afilados por el mundo que la rodeaba como si entrase en las tierras desconocidas de Venus. No pasó nada."

    ...y milagro más extraordinario que ése sólo se comparaba con la estrella fugaz que atraviesa casi imaginariamente el cielo negro y deja como rastro el vívido espanto de un Universo vivo"

    "Hasta esa glorificación: amaba la Nada. La conciencia de su permanente caída humana la llevaba al amor a la Nada. Y esas caídas-como las de Cristo que varias veces cayó ante el peso de la cruz-
    y esas caídas comenzaban a formar parte de su vida. Tal vez fuesen sus " a pesar de" ...

    "La Nada era exactamente Todo."

    Entonces se extrañó de sí misma y eso parecía conducirla al vértigo.
    Es que ella misma por extrañarse, estaba siendo. (..)
    Ambos sabían que era un gran paso en el aprendizaje. Y no había riesgo de gastar ese sentimiento con miedo a perderlo, porque ser era infinito, de un infinito como el de las olas del mar. Estoy siendo, decía el árbol del jardín...

    Estaba fascinada con el encuentro consigo misma, se fascinaba y casi se hipnotizaba.
    "Dijo desde el fondo de su alma: Un día será el mundo con su soberbia impersonalidad versus mi extrema individualidad de persona pero seremos uno solo"

    "Estaba sola. Con la eternidad frente suyo y a sus espaldas. El humano es solo."

    Como si pasase del hombre mono al homo erectus. Y entonces no había cómo retroceder: la lucha por la supervivencia entre misterios. Y lo que el ser humano más aspira es a volverse humano."

    Estaba cayendo en una tristeza sin dolor. No estaba mal. Formaba parte, sin duda...Y ahora tenía la responsabilidad de ser ella misma. En ese mundo de elecciones, parecía haber escogido.
    "Esa desarticulación es necesaria para que se vea eso que, si fuese articulado y armonioso, no se vería, sería dado por sentado." En la desarticulación habrá un choque entre vos y la realidad, es preferible estar preparada.."

    "Es importante no olvidar y respetar la violencia que tenemos. Las pequeñas violencias nos salvan de las grandes..."

    "Un día, cuando tengas ganas y si vos todavía querés, te hablaré de cómo me muevo dentro de Dios"

    Milagros, no. Pero las coincidencias. Vivía de coincidencias, vivía de líneas que incidían y se cruzaban y, en el cruce, formaban un leve e instantáneo punto, tan leve e instantáneo que era más bien un secreto. Apenas hablase de las coincidencias, no estaría hablando de nada."

    "Hay muchas cosas que se logran solamente siendo autodidacta, solamente teniendo el valor de ser"

    "Te indague demasiado, porque la respuesta sería tan misteriosa como la pregunta, haz que reciba el mundo sin miedo, pues para ese mundo incomprensible fuimos creados y nosotros mismos también somos incomprensibles, ahí se da una conexión entre ese misterio del mundo y el nuestro.."

    Imposible, dice en eco la templanza tan fuerte y fresca de la primavera. Imposible que es aire no traiga el amor del mundo! Repite el corazón que parte su sequedad crestada en una sonrisa. Y ni siquiera reconoce que ya lo trajo, que eso es un amor. Ese primer calor aún fresco traía todo. Eso, sólo e indivisible: todo.

    "De algún modo ya había aprendido que cada día nunca era común, era siempre extraordinario. Y que a ella le quedaba sufrir el día o sentir placer en él. Quería el placer de lo extraordinario que era tan fácil de encontrar en las cosas comunes: no era necesario que la cosa fuese extraordinaria para que en ella se sintiese lo extraordinario."

    "Serse lo que se es, era demasiado grande e incontrolable."

    "No estoy perdiendo nada! Finalmente estoy dándome y lo que me pasa cuando estoy dándome es que recibo, recibo. Cuidado, hay riesgo de que el corazón esté libre?"

    "Será el mundo con su impersonalidad soberbia versus mi individualidad como persona pero seremos uno solo. te tendrás que quedar sola muchas veces"

    Amor será regalarse uno al otro la propia soledad?

    Pues es la cosa más ultima que se puede dar de sí...

    "Conmigo vas a hablar hasta el fondo de tu alma, aún en silencio"


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Pascual Lopez Sanchez
    Pascual Lopez Sanchez
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 86626
    Fecha de inscripción : 29/06/2009
    Edad : 72
    Localización : Murcia / Muchas veces en Mazarrón/ Algunas en Cieza ( amo la ciudad donde nací; amo su río - Río Segura_ y amo sus montes secos llenos de espartizales)

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Pascual Lopez Sanchez Lun Dic 11, 2017 12:45 am

    Reflexiones llenas de una gran belleza... y trascendencia :

    "La necesidad más urgente de un ser humano es la de transformarse en un ser humano"

    ¿Qué se puede decir?.

    Besos, María


    _________________
    "No hay  cañones que maten la esperanza."  Walter Faila


    NO EXISTEN BANDERAS ANTE EL LLANTO DE UN NIÑO. CARLOS PONCE


     ISRAEL: ¡GENOCIDA!
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Vie Feb 16, 2018 12:51 am

    Pertencer

    Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já começou. 
    Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça. 
    Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus. 
    Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso. 
    Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova de "solidão de não pertencer" começou a me invadir como heras num muro. 
    Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos. 
    Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa. 
    Quase consigo me visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e no entanto premente sensação de precisar pertencer. Por motivos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida. 
    No entanto fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doença. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe. E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me perdoaram por eu ter nascido em vão e tê-los traído na grande esperança. 
    Mas eu, eu não me perdoo. Quereria que simplesmente se tivesse feito um milagre: eu nascer e curar minha mãe. Então, sim: eu teria pertencido a meu pai e a minha mãe. Eu nem podia confiar a alguém essa espécie de solidão de não pertencer porque, como desertor, eu tinha o segredo da fuga que por vergonha não podia ser conhecido. 
    A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho.





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]



















    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]
    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]


    "Estoy segura de que en la cuna mi primer deseo fue el de pertenecer. Por motivos que ahora no importan, debía de estar siendo que no pertenecía a nada ni a nadie. Nací por nacer. 


    Ya en la cuna sentí esta hambre humana y ha seguido acompañándome toda la vida, como si fuese un destino. Hasta el punto de que mi corazón se contrae de envidia y de deseo cuando veo a una monja: ella pertenece a Dios.


    Precisamente porque es tan fuerte en mí el hambre de entregarme a algo o a alguien me volví bastante arisca: tengo miedo de revelar cuánto lo necesito y lo pobre que soy. Sí, lo soy, muy pobre. Solo tengo un cuerpo y un alma. Y necesito más que eso. Quién sabe si empecé a escribir tan pronto porque, al escribir, por lo menos me pertenecía un poco a mí misma, aunque eso sea solo un triste facsímil.


    Con el tiempo, sobre todo en los últimos años, he perdido la capacidad de ser persona. Ya no sé cómo se hace. Y una forma nueva de la "soledad de no pertenecer" ha empezado a invadirme como la hiedra de un muro.


    Si mi deseo más antiguo es el de pertenecer, ¿por qué entonces nunca he formado parte de clubes o de asociaciones? Porque no es eso a lo que yo llamo pertenecer. Lo que yo quisiera, y no consigo, es por ejemplo que todo lo que de bueno surgiese en mi interior pudiese entregarlo a aquello a lo que perteneciese. Incluso mis alegrías, qué solitarias son a veces. Y una alegría solitaria puede volverse patética. Es como quedarse con un regalo envuelto en papel bonito en las manos y no tener a quién decirle: toma, es tuyo, ¡ábrelo! Como no quiero verme en situaciones patéticas y, por una especie de contención, evito el tono de tragedia, raramente envuelvo con papel de regalo mis sentimientos.


    Pertenecer no resulta solo de ser débil y de necesitar unirse a algo o a alguien más fuerte. Muchas veces mi intenso deseo de pertenecer surge de mi propia fuerza, quiero pertenecer para que mi fuerza no sea inútil y haga más fuerte a una persona o a una cosa.


    Aunque tengo una alegría: pertenezco, por ejemplo, a mi país, y como millones de otras personas pertenezco tanto a él que soy brasileña. Y yo que, muy sinceramente, nunca he deseado o desearé la popularidad -soy demasiado individualista para poder soportar la invasión de la que es víctima una persona popular-, me siento sin embargo feliz de pertenecer a la literatura brasileña por motivos que no tienen nada que ver con la literatura, porque ni siquiera soy una literata o una intelectual. Soy feliz solo por ‘formar parte’.


    Casi consigo visualizarme en la cuna, casi consigo reproducir en mí la vaga y sin embargo permanente sensación de necesitar pertenecer. Por motivos que ni siquiera mi madre o mi padre pudieron controlar, nací y me quedé así: nacida.


    Sin embargo fui planeada para nacer de una manera tan bonita. Mi madre ya estaba enferma, y, según una superstición bastante extendida, se creía que tener un hijo curaba a las mujeres de una enfermedad. Entonces fui deliberadamente creada: con amor y con esperanza. Pero no curé a mi madre. Y hasta hoy siento la carga de esta culpa: me hicieron para una misión determinada y fallé. Como si contasen conmigo en las trincheras de una guerra y hubiese desertado. Sé que mis padres me perdonaron haber nacido en vano y haber traicionado su gran esperanza. Pero yo, yo no me lo perdono. Desearía que simplemente se hubiese producido un milagro: nacer yo y curar a mi madre. Entonces sí: habría pertenecido a mi padre y a mi madre. No podía confiar a nadie esa especie de soledad de no pertenecer porque, como un desertor, mantenía el secreto de una huida que por vergüenza no podía ser conocido.


    La vida me ha hecho de vez en cuando pertenecer, como si lo hiciese para darme la medida de lo que pierdo cuando no pertenezco. Y entonces lo supe: pertenecer es vivir. Lo sentí con la sed de quien está en el desierto y bebe con ansia los últimos tragos de agua de una cantimplora. Y después la sed vuelve y camino realmente por el desierto."



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Vie Dic 07, 2018 7:55 pm



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]




    "Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca." (Clarice Lispector )

    "Amar a los otros es la única salvación individual que conozco: nadie estará perdido si da amor y a veces recibe amor a cambio". (Clarice Lispector)

    LISPECTOR, C. A Descoberta do Mundo: Crônicas. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1992.

    Imagem: Amantes, de Willow Arlenea


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Lun Dic 10, 2018 8:35 pm

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]



    CLARICE LISPECTOR
    (Chechelnik, Ucrânia ,10/12/1920 - Río de Janeiro, 9/12/1977)

    "Não tenho uma palavra a dizer. Por que não me calo, então? Mas se eu não forçar a palavra a mudez me engolfará para sempre em ondas. A palavra e a forma serão a tábua onde boiarei sobre vagalhões de mudez."

    Clarice Lispector - A Paixão Segundo G.H. (pág 20/21)
    ------------------------------------

    "Nada tengo que decir. ¿Por qué no me callo, entonces? Pero si no hago violencia a las palabras, el mutismo me sumergirá para siempre en las olas. La palabra y la forma serán la tabla donde flotaré sobre las olas inmensas de mutismo."

    Clarice Lispector - La Pasión Según G.H.




    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Lun Dic 10, 2018 9:03 pm

    Página con biografía, libros:

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]






    Literatura para oír
    Publicado em 24 de jul de 2017
    “Después de muerta me agrandaré y me esparciré y alguien dirá con amor mi nombre.” Clarice Lispector, Brasil.






    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Mar Dic 11, 2018 12:53 am

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Miér Dic 12, 2018 12:56 am

    Un misterio llamado Clarice Lispector
    A los 40 años de su muerte, la autora de 'Cerca del corazón salvaje' reina en la historia de la literatura brasileña tanto como en las redes sociales. Una biografía retrata su enigmática figura



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    De izquierda a derecha, Mania Krimgold, Elisa, Clarice, Tania y Pinkhas Lispector.



    Un misterio llamado Clarice Lispector


    La biblioteca Clarice Lispector de São Paulo es un edificio público de hormigón situado en Lapa, un barrio de clase media relativamente cerca del centro de la ciudad. Tiene puertas amarillas y azules por fuera; por dentro, principalmente personas mayores sentadas en media docena de mesas redondas. Casi todo el mundo sabe que la tal Lispector que da nombre al edificio era alguien importante, aunque no todos acaban de ubicarla como la escritora brasileña más traducida y aclamada en décadas. Y nadie responde con la disposición de Lycia, una adolescente de 14 años y enormes gafas de pasta que estaba repasando las estanterías de metal que hay en las paredes. “Creo que la conozco”, dice. Y, tras una búsqueda en Google, muestra el móvil como un trofeo: en la pantalla, varias fotos en blanco y negro de una mujer bella y congelada en un gesto distante, como de estrella del cine de los cuarenta. En cada versión de la foto hay una frase diferente: “El verano está instalado en mi corazón”. “Todo silencio tiene un nombre”. “Mi problema es que nunca fui de gustar más o menos; o gusto mucho o no gusto”. Todas las frases se atribuyen a Lispector, la mujer de la foto, pero pocas lo son. Lycia remata: “Libros suyos aún no he leído, pero creo que me gusta”.

    “Introspectiva e intimista, enseguida se diferenció del neorregionalismo que dominaba Brasil”

    Cuarenta años después de su muerte, Clarice Lispector goza de una tremenda fama en las redes convertida en un icono de la autoayuda adolescente. Para sus lectores más serios, los que defienden que arrancar sus frases del delicado contexto al que pertenecen equivale a quitarles el alma, es solo una anécdota ignominiosa. Para algunos jóvenes es lo que Lispector siempre ha sido. Pero también es un síntoma del complicado legado que la propia escritora, que nunca mostró el menor interés en la vida pública, ha dejado en su país. “Clarice goza hoy de más culto a su imagen que a su obra”, matiza Yudith Rosenbaum, profesora de letras clásicas en la Universidad de São Paulo y autora de dos libros sobre la escritora. “Por no conceder entrevistas, por haberse aislado y haber rodeado su vida de misterio, por preferir el silencio a las charlas, se ha creado un aura de inaccesibilidad de cara a una legión de fans idólatras”. Lispector se ha convertido a lo largo de las décadas en un fenómeno muy difícil de ignorar, pero eso solo ha ido empeorando el problema de la huella que dejó en la literatura brasileña alguien tan difícil de clasificar.

    De izquierda a derecha, Mania Krimgold, Elisa, Clarice, Tania y Pinkhas Lispector.ampliar foto
    De izquierda a derecha, Mania Krimgold, Elisa, Clarice, Tania y Pinkhas Lispector. EDITORIAL SIRUELA
    Resulta complicado hablar de Lispector incluso como autora brasileña, porque sus escritos parecen pasar por encima de la realidad terrenal. Una vez en 1969 dedicó unas de las crónicas que escribía en el periódico Jornal do Brasil al tema de la violencia policial (porque unos agentes habían disparado 13 veces sobre un famoso bandido). Su última novela, La hora de la estrella, habla de una chica que, al igual que ella hacía años, viaja del noreste a Río de Janeiro. Y ya. En casi 40 años de producción no hay más referencias explícitas al lugar ni la época que la rodeaban. Solo hay, defiende Rosenbaum, una referencia implícita en algunos textos. “Brasil aún es un país en el que la empleada doméstica ocupa un lugar importante en las familias de clase media y alta. Es un resquicio de nuestra triste herencia colonial”. Y hay varias crónicas de Clarice, publicadas en el Jornal do Brasil entre 1967 y 1973, que hablan de la experiencia de la escritora con sus empleadas: “Los momentos de semejanza y de diferenciación entre ellas revelan unos conflictos de clase que la sociedad brasileña había mantenido ocultos”. La académica recuerda que en la novela La pasión según GH el enredo central ocurre en la habitación de la empleada.

    Casi tan inútil como intentar etiquetarla por el contenido de sus textos es estudiar su forma. Su estilo, entre la poesía y la prosa, de pintar de espiritualidad los detalles cotidianos y usar la primera persona en relatos en los que ella no es un personaje la distancia más que acercarla a sus coetáneos: no se parece a nadie y su visión no recuerda a ningún movimiento. “Ya desde el principio se diferenció del neorregionalismo de los años treinta que dominaba el panorama brasileño del que surgió. Era más cercana a la novela introspectiva e intimista, heredera de la prosa de la ficción católica francesa, pero aun así no se aproxima a ninguna de esas dos vertientes”, sopesa Rosenbaum. Benjamin Moser, autor de la biografía Por qué este mundo, que se publica ahora en España y que en 2009 galvanizó la fama internacional de la autora, se resiste también a la clasificación: “Leer a Clarice es una experiencia muy personal. Hablar de ella en clave nacional o académica es una idea pésima, es permitir que una camarilla sin imaginación entierre a una artista en una tumba polvorienta”, sostiene. “Clarice se describe mejor como una amante con la que uno tiene momentos de luz, de amor, de sexo y de muerte. Esto le sonará exagerado a quienes no la hayan leído, pero a los que sí, les parecerá obvio y hasta un poco limitado”.

    Lispector murió en 1977. Su influencia en los futuros escritores del país resultó ser más problemática de lo esperado. Muchos intentaron ocupar su hueco y durante años han proliferado imitaciones de su estilo: algunas excesivamente místicas, otras simplemente impenetrables. Otros escritores huyeron de su temible sombra. Caio Fernando Abreu, un autor de los años setenta y ochenta que hoy también está de revival 20 años después de su muerte, se negó a leer su obra para no contaminarse. No fue el único. “Un joven escritor de São Paulo me dijo que, tras Clarice, muchos brasileños sintieron que no tenían nada que decir”, recuerda Moser.

    “Es, junto con Guimarães Rosa, la gran escritora de la segunda mitad de nuestro siglo XX”

    A la vez, la visión universal de Lispector ayudó a que su obra medrase en el extranjero. En 1954 se publicó en Francia la primera traducción de una novela suya. En Nueva York la primera se lanzó en 1964: para los años ochenta los títulos en inglés se habían multiplicado. La editorial alemana Schöffling & Co. compró los derechos en alemán y Siruela hizo lo propio en español. “Ella siempre fue una figura de culto, pero solo entre los expertos, como un secreto bien guardado. Fueron las traducciones y el interés que empezó a generar fuera lo que la convirtió en un fenómeno brasileño”, opina el editor y escritor Pedro Corrêa do Lago. El prestigio de otros países completó la ecuación. Entre que su estilo era tan peculiar que se limitaba a su obra; entre que apenas había cultivado su faceta pública y que era un nombre más avalado por el extranjero que por el propio país, Clarice Lispector pasó a ser una figura de culto. Unas décadas más en ese camino y estaría protagonizando memes para la próxima generación.

    Al menos por ahora, mientras su presencia siga relativamente cercana en el tiempo. Su valor para el país está claro: “Es, junto con Guimarães Rosa, la gran escritora de la segunda mitad de nuestro siglo XX”, sentencia Corrêa do Lago. Quizá sea cuestión de que, con el tiempo, se le acabe encontrando un hueco que no dependa de si representaba o no la mentalidad brasileña. “Y Shakespeare ¿representa la mentalidad inglesa? O Cervantes, ¿la española? Al principio desde luego que no: eran simples escritores, y el Quijote se pudo haber escrito en Francia tanto como Hamlet se pudo haber escrito en Italia”, protesta Moser. “Pero los grandes artistas saben proyectar, de una manera muy extraña, una visión muy excéntrica y personal sobre los hablantes de todo un idioma, y también saben hacerles creer que esa visión es la suya. Así, es imposible imaginar el español sin Cervantes, el inglés sin Shakespeare y el portugués sin Clarice”.




    ‘Por qué este mundo. Una biografía de Clarice Lispector’. Benjamin Moser. Traducción de Cristina Sánchez-Andrade. Siruela, 2017. 492 páginas. 34 euros





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Mar Feb 05, 2019 9:54 pm

    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]


    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]


    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]




    A Carolina, Aida y Marta 
    (por entusiasmarme)




    En una época iba mucho a talleres literarios. Antes de que mi esperanza de ser escritora se diluyera por completo, decidí sumarme a uno para la “tercera edad” (siempre fui impuntual: el único disponible en esa época del año). El lugar era demasiado luminoso, había sillas blancas de plástico y carteles amarillentos sobre prevención de enfermedades prometían demorar la muerte desde la pared. Mi suerte cambió un jueves. La tarea era leer Felicidad clandestina, de una tal Lispector.
    Lo primero que me dijo, recia, muda a través de la fotocopia implacable que le hacía de voz, fue: “Ella era gorda, baja, pecosa y de pelo excesivamente crespo, medio pelirrojo”. No la quise nada, mi poca experiencia literaria me hacía juzgar lo que leía con ojos de realidad (¿por qué el estereotipo de la niña regordeta y avara?). De todas formas, nadie en este mundo debe poder resistirse al final de ese cuento, el triunfo prohibido, clandestino, de la protagonista que, aunque con el beneficio de pertenecer al grupo de las “altas, monas y delgadas”, había nacido sin un padre-dueño de una librería. Mis prejuicios de principiante se dieron por vencidos.
    La segunda lectura “oficial” fue bastante tiempo después. Otro taller literario. Le dije a la profesora con un infantilismo que mantengo todavía: “Mi escritora favorita es Clarice Lispector”, me miró con una cara horrible y me dijo que era muy compleja con ojos de sentencia. Antepuse un absurdo principio social de amabilidad y le dije que era cierto con cara de susto dudoso, pero con el resentido deseo de responderle: “Que no tenga talento para la escritura no significa que no pueda comprender…” ¡Exacto! Esa fue la palabra que me hizo eco en el camino de regreso a casa. Porque no se podía. Comprender a Clarice Lispector es una trampa.


    La consciencia intermitente


    Hace algunos meses leí La náusea de Sartre. Anoté mucho en los márgenes y al final llegué a una conclusión que escribí en la primera página del libro como una auto dedicatoria: “La náusea es la razón por la que decidimos evadir el presente (para no sentirla)”. Después de un tiempo volví a leerla y me sorprendí, no por semejante síntesis, que todavía me avergüenza un poco, sino por la enigmática coherencia que guarda con eso inexplicable que parece atravesar a los personajes de Clarice Lispector. Por ejemplo, a mi amada Virginia en La lámpara, que suma a la náusea la necesidad de borrar algo con hambre


    Perdió la consciencia y sólo alguna que otra vez sentía la luz amortiguada y nauseabunda encendida sin fulgor sobre su cabeza (…) Se volvía hacia el otro lado y de nuevo olvidaba (…) Mucho de su pasado no se había realizado a la luz del día sino en los lentos movimientos del sueño, aunque ella raramente pudiese recordarlos. (El subrayado es mío).


    Sentía un poco de hambre y eso prometía borrar algo. Cuando coma…, se decía como una vaga amenaza. (El subrayado es mío).


    Desde que lo conozco, digo que Sartre hubiera sido un gran docente porque explica muy bien. En el medio de su trama ficcional, se ocupa de reiterar que la existencia transcurre en el presente porque es el único tiempo de la consciencia. Dice también muchas veces que el pasado es nada y, en una oportunidad, que es un lujo de propietario


    El pasado es un lujo de propietario. ¿Dónde había de conservar yo el mío? Nadie se mete el pasado en el bolsillo, hay que tener una casa para acomodarlo. Mi cuerpo es lo único que poseo; un hombre solo, con su cuerpo, no puede detener los recuerdos; le pasan a través. (El subrayado es mío).


    ¿No es esto acaso lo que le ocurre a Virginia?, a Virginia, que sobre su cabeza –¿o consciencia?– sólo alguna que otra vez puede sentir la luz nauseabunda incapaz de iluminar su pasado, oscurecido por la penumbra inconsciente del sueño. A Virginia, que pretende hacer uso de su cuerpo para resolver este problema y comer para borrar (porque lo que se borra siempre es algo previo). Quizás eso que perturba a las mujeres de Lispector sea el pasado, cuya forma difusa difícilmente es alcanzada por la luz de la consciencia. Pero, entonces, el presente tampoco es un alivio porque terminará indefectiblemente transformado en historia, como el color de las luciérnagas justo antes de desaparecer.
    Vistas las circunstancias, puede pensarse que esta sensibilidad femenina encuentra en la inconclusión del pensamiento algo atroz de lo que huir. Como ocurre con Ana, en “Amor”, cuando siente la necesidad de irse al jardín botánico sin avisarle a su esposo, o con Virginia y su deseo de borrar esa especie de vacío que sus tiempos anteriores le significan. A estas mujeres les aturde la futilidad de lo cotidiano, el sentido que no encuentran en la vida porque, a pesar del miedo, de vez en cuando se enfrentan a su pensamiento. Al personaje de La Náusea le pasa lo mismo, es consciente de su existencia, pero tiene un problema: ha descubierto que esta consciencia se gesta una y otra vez en la infinitud del presente y es, por lo tanto, inatrapable. Lo único que le queda como testimonio de su existir en el mundo es el cuerpo.






    El cuerpo


    La cena” es otro de los maravillosos cuentos de Lispector y también pone el cuerpo como centro de la escena. Empieza así


    Él entró tarde en el restaurante. Por cierto, hasta entonces se había ocupado de grandes negocios. Podría tener unos sesenta años, era alto, corpulento, de cabellos blancos, cejas espesas y manos potentes (…) Lo perdí de vista y mientras comía observé de nuevo a la mujer delgada, la del sombrero. Ella reía con la boca llena y le brillaban los ojos oscuros (…) Yo veía que jamás se podría hacer algo por él. Nada, sino obedecerlo.


    Lo corpulento del cuerpo del hombre se condice con el acto de comer. Pero ella, delgada, también tiene la boca llena. Los dos son observados por un personaje masculino que empatiza con la mujer y no hace otra cosa que describir cómo el viejo ingiere alimentos de una forma animal sin saciar su apetito a pesar del sufrimiento


    El viejo devorador de criaturas piensa en sus profundidades. Pálido, lo veo llevarse la servilleta a la boca. Imagino escuchar un sollozo. Ambos permanecemos en silencio en el centro del salón. Quizás él hubiera comido demasiado aprisa. ¡Porque, a pesar de todo, no perdiste el hambre, eh!, lo instigaba yo con ironía (…) con la boca apretada, los ojos cerrados balanceándose, el patriarca estaba llorando por dentro.


    ¿Qué pasa entonces? ¿El hambre no era cuestión femenina?, me confundo. Este personaje es hombre y come desesperadamente. Es un burgués vacío, por supuesto. Otro hombre lo mira y relata el acto, lo que es un hallazgo porque se trata de uno de los pocos relatos –si no el único de Lispector– en el que la perspectiva es masculina. Probablemente, lo que nos quiera mostrar la escritora es que la existencia no tiene género, es humana igual que la consciencia, pero mientras el hombre tiene la libertad de ver y de juzgar, como el narrador, el permiso de comer y el poder de mandar, como el protagonista, la mujer mantiene su delgadez a pesar de tener la boca llena de comida, que no termina siendo otra cosa que un obstáculo hasta para reír.


    [Tienes que estar registrado y conectado para ver este vínculo]La metáfora corporal atraviesa toda la obra de Clarice Lispector porque ella busca aquello que todos buscamos y no puede hacerlo en el campo de lo concreto. Su generosidad creativa la acerca a nosotros a través de la piel de sus personajes. La palabra no le alcanza y lo ha dicho muchas veces. La sensación es el origen y el destino de su literatura, por eso comprenderla: No, no puedo, profesora. No puedo comprender la complejidad de mi escritora favorita. La puedo sentir, probablemente por eso la ame y por eso acaso la haya elegido para escribir un ensayo, un intento de abordar intuitivamente todo lo que me es imposible, a través de la razón.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Dom Nov 17, 2019 6:06 am




    "Mas da Lua ela não tinha receio porque era mais lunar que solar e via de olhos bem abertos nas madrugadas tão escuras a Lua sinistra no céu. Então ela se banhava toda nos raios lunares, assim como havia os que tomavam banhos de Sol. E ficava profundamente límpida."

    "Pero de la lLna no tenía miedo, porque era más lunar que solar y veía con los ojos bien abiertos en las madrugadas tan oscuras la Luna siniestra en el cielo. Entonces se bañaba toda ella en los rayos lunares, así como había quienes tomaban baños de Sol. Y quedaba profundamente límpida."

    Clarice Lispector in "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres"
    (página 34)


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Mar Nov 19, 2019 5:43 am

    "Entrevista televisiva brindada por Clarice Lispector, para el programa "Panorama" (de San Pablo, Brasil), conducido por Julio Lerner, en el año 1977.
    Fue la última entrevista hecha a Clarice y una de las pocas que concedió en su vida. Un tesoro para ver mil veces"





    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Jue Nov 21, 2019 5:55 am

    BIBLIOGRAFÍA

    Perto do Coração Selvagem (1944)
    O Lustre (1946)
    A Cidade Sitiada (1949)
    Alguns Contos (1952)
    Laços de Família (1960)
    A Maçã no Escuro (1961)
    A Legião Estrangeira (1964)
    A Paixão segundo G.H. (1964)
    O Mistério do Coelho Pensante (1967)
    A mulher que matou os peixes (1968)
    Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres (1969)
    Felicidade Clandestina (1971)
    A imitação da rosa (1973)
    Água Viva (1973)
    A Vida Íntima de Laura (1974)
    A Via-crucis do Corpo (1974)
    Onde estivestes de Noite (1974)
    A hora da Estrela (1977)
    Para não Esquecer (1978)
    Quase de Verdade (1978)
    Um Sopro de Vida (1978)
    A Bela e a Fera (1979)
    A Descoberta do Mundo (1984)
    Como Nasceram as Estrelas (1987)
    Cartas perto do Coração (2001)
    Correspondências (2002)



    Premio Graça Aranha (1943)


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Sáb Nov 23, 2019 8:36 pm



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Miér Nov 27, 2019 6:12 am



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Miér Nov 27, 2019 6:33 am

    "Hubo un momento grande, parado, sin nada dentro. Dilató los ojos, esperó. No pasó nada. Blanco. Pero de repente, con un estremecimiento le dieron cuerda al día y todo empezó de nuevo a funcionar, el tecleteo de la máquina, el puro del papá humeando, el silencio, las hojitas, los pollos pelados, la luz, las cosas reviviendo llenas de prisa como una tetera a punto de hervir. Sólo faltaba el tintineo del reloj que adornaba tanto. Cerró los ojos, fingió escucharlo…"

    Cerca del corazón salvaje


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Miér Nov 27, 2019 6:34 am

    "Ahora me acordé de que hubo un tiempo en que, para calentar el espíritu, rezaba: el movimiento es espíritu. El rezo era un medio de llegar hasta mí mismo calladamente y a escondidas de todos. Cuando rezaba conseguía un hueco en el alma —y ese hueco es lo único que yo puedo tener. Más que esto, nada. Pero el vacío tiene el valor y la semejanza de lo pleno. Un medio de obtener es no buscar, un medio de tener es no pedir y solamente creer que el silencio que yo creo en mí es una respuesta a mi... a mi misterio."

    La hora de la estrella.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Miér Nov 27, 2019 6:36 am

    "Pero el instante-ya es una luciérnaga que se enciende
    y se apaga. El presente es el instante en que la rueda
    de un automóvil a gran velocidad toca mínimamente el
    suelo. Y la parte de la rueda que aún no lo ha tocado,
    lo tocará en un futuro inmediato que absorbe el instante
    presente y hace de él pasado. Yo, viva y centelleante
    como los instantes, me enciendo y me apago, me enciendo
    y me apago, me enciendo y me apago. Pero aquello
    que capto en mí tiene, ahora que está siendo transpuesto
    a la escritura, la desesperación de que las palabras ocupen
    más instantes que la mirada. Más que un instante
    quiero su fluencia."

    Agua Viva.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Miér Nov 27, 2019 6:47 am



    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Miér Nov 27, 2019 7:40 pm

    "El ritmo de las plantas es lento: crece con paciencia y amor. Entrar en el Jardín Botánico es como si fuéramos trasladados a un nuevo reino. Aquel amontonamiento de seres libres. El aire que se respira es verde. Y húmedo. Es la savia que nos embriaga levemente:
    millares de plantas llenas de la savia vital. Al viento las voces traslúcidas de las hojas de las plantas nos envuelven en
    una suavísima maraña de sonidos irreconocibles. Sentada allí en un banco, la gente no hace nada: sólo se queda sentada dejando al mundo ser."

    Descubrimientos.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Miér Nov 27, 2019 7:44 pm

    "Hoy a la tarde nos encontraremos. Y no te contaré ni siquiera eso que escribo y que contiene lo que soy y que te regalo sin que lo leas. Nunca leerás lo que escribo. Y cuando haya anotado mi secreto de ser lo tiraré como si fuese al mar. Te escribo porque no llegas a aceptar lo que soy. Cuando destruya mis anotaciones de instantes ¿volveré a mi nada de donde he sacado un todo? Tengo que pagar el precio. El precio de quien tiene un pasado que sólo se renueva con pasión en el extraño presente. Cuando pienso en lo que ya he vivido me parece que he ido dejando mis cuerpos por los caminos."

    Agua Viva


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Miér Nov 27, 2019 7:47 pm

    "Lo incomunicable de uno a uno mismo es la gran vorágine de la nada. Si no encuentro un modo de hablarme a mí misma, la palabra me sofoca y atraviesa la garganta como una piedra. Quiero tener acceso a mí misma en el momento en que quiera, como quien abre las puertas y entra. No quiero ser víctima del azar liberador. Quiero tener yo misma la llave del mundo y transitarlo como quien transita de la vida a la muerte y de la muerte a la vida.
    En la hora de mi muerte ¿qué haré? Enseñadme cómo se muere. Yo no lo sé."

    Un soplo de vida.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]
    Maria Lua
    Maria Lua
    Administrador-Moderador
    Administrador-Moderador


    Cantidad de envíos : 67644
    Fecha de inscripción : 13/04/2009
    Localización : Nova Friburgo / RJ / Brasil

    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Maria Lua Miér Nov 27, 2019 7:49 pm

    "Y cuando el día llega a su fin oigo los grillos y me vuelvo repleta e ininteligible. Después vivo la madrugada azulada que viene con sus entrañas llenas de pájaros; ¿te estoy dando una idea de lo que uno pasa en vida?
    Y cada cosa que se me ocurra yo la anoto para fijarla.
    Porque quiero sentir en las manos el nervio trémulo y vivaz del ya y que me reaccione ese nervio como una bulliciosa vena. Y que se rebele, ese nervio de vida, y que se retuerza y lata."

    Agua Viva.


    _________________



    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]


    "Ser como un verso volando
    o un ciego soñando
    y en ese vuelo y en ese sueño
    compartir contigo sol y luna,
    siendo guardián en tu cielo
    y tren de tus ilusiones."
    (Hánjel)





    [Tienes que estar registrado y conectado para ver esa imagen]

    Contenido patrocinado


    CLARICE LISPECTOR I - Página 2 Empty Re: CLARICE LISPECTOR I

    Mensaje por Contenido patrocinado

      Temas similares

      -

      Fecha y hora actual: Mar Mar 19, 2024 9:13 pm