Tomou-me vossa vista soberana
Aonde tinha as armas mais à mão,
Por mostrar que quem busca defensão
Contra esses belos olhos, que se engana.
Por ficar da vitória mais ufana,
Deixou-me armar primeiro da razão;
Cuidei de me salvar, mas foi em vão,
Que contra o Céu não vale defensa humana.
Mas porém, se vos tinha prometido
O vosso alto destino esta vitória,
Ser-vos tudo bem pouco está sabido.
Que posto que estivesse apercebido,
Não levais de vencer-me grande glória;
Maior a levo eu de ser vencido.
Luís de Camões
» LUIS ALBERTO AMBROGGIO
» SOBRE LA ROSA...
» Mercedes Carrión Masip: Oficios y liturgias
» ¡NO A LA GUERRA! (Exposición Colectiva)
» POESÍA SOCIAL XVII
» SALVADOR JACINTO POLO DE MEDINA.(MURCIA)
» XI. SONETOS POETAS ESPAÑOLES SIGLO XX (IV)
» Luís Vaz de Camões
» MARIO QUINTANA ( 30/07/1906... 05/05/1994)